Um membro das Farc morreu e outro ficou desaparecido após "enfrentamentos com o exército colombiano" neste domingo (1º) durante a operação de resgate dos quatros reféns das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), disse ao canal Telesur Jairo Martínez, um dos comandantes do grupo.

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Segundo a jornalista Patricia Villegas da Telesur, canal estatal multinacional com sede na Venezuela, um guerrilheiro de nome "Saúl" morreu e um dos guardas dos reféns desapareceu ou está em poder dos militares colombianos.

A emissora citou ainda que aviões da Colômbia teriam voado junto aos helicópteros brasileiros destacados para o resgate. Segundo Jorge Botero, jornalista que participa da comissão humanitária encarregada de receber os quatro reféns, a operação foi retardada devido à interferência de aviões militares colombianos que seguiram o helicóptero que deveria transportá-los.

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Os reféns, disse Botero, deveriam ter sido recebidos pelo resgate às 10h30 (hora local), mas isso só chegou a acontecer por volta das 15h00.

Citado pelo site do diário colombiano "El Tiempo", o comandante militar colombiano, general Freddy Padilla De León, negou que tenham ocorrido operações militares na área onde aconteceu a entrega dos reféns.

O mesmo veículo cita ainda o comissário de Paz Luis Carlos Restrepo, segundo o qual a Cruz Vermelha não mencionou, nas vezes em que se comunicaram, nada relacionado à suposta ação militar, apenas algum tipo de problema operacional.

Livres

As quatro pessoas que estavam sob poder das Forças Revolucionárias Colombianas (Farc) já estão sob os cuidados da equipe humanitária da Cruz Vermelha, segundo informações da Rádio Caracol e da rede de TV RCN e também de um porta-voz da senadora Piedad Córdoba que negocia com o grupo guerrilheiro.

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"Estão nas mãos da Comissão (da Cruz Vermelha) desde as 10h da manhã (13h de Brasília) e neste momento estão voltando para Villavicencio (a 90 km de Bogotá)", afirmou mais cedo o porta-voz da senadora, Ricardo Montenegro, para a agência de notícias "France Presse".

Iván Cepeda, da ONG Colombianos pela Paz, que ajudou na mediação com as Farc, também confirmou a informação de que os reféns foram liberados.

Os três policiais e um soldados foram resgatados após uma operação neste domingo (1) em uma região não divulgada na selva colombiana. A ação contou com a colaboração de helicópteros (Cougar) e tripulantes brasileiros. Nas aeronaves estavam a senadora colombiana Piedad Córdoba, três delegados da Cruz Vermelha, três testemunhas de Florença, capital do departamento de Caquetá.

O quarteto será levado para a cidade de Villavicencio, no departamento (estado) de Meta, a 120 quilômetros da capital Bogotá.

Para garantir o sucesso das operações, o Exército da Colômbia iria paralisar as operações por 36 horas em uma ampla área do sul do país, uma decisão que comprometeria 17 mil militares que patrulham os departamentos de Caquetá, Putumayo e Amazonas, este último nas fronteiras com Brasil e Peru.

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