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Navio israelense monitora porto israelense de Ashdod:  tripulação do navio irlandês "Rachel Corrie" seguiu em direção à faixa de Gaza | Baz Ratner / Reuters
Navio israelense monitora porto israelense de Ashdod: tripulação do navio irlandês "Rachel Corrie" seguiu em direção à faixa de Gaza| Foto: Baz Ratner / Reuters

.A Marinha israelense abordou outro navio com ajuda para Gaza neste sábado (5), depois de Washington condenar como "insustentável" o bloqueio de Israel. No início desta semana, uma ação israelense deixara nove mortos numa embarcação turca.

A ação da marinha de Israel havia provocado protestos internacionais. Desta vez, os israelenses tomaram o controle do Rachel Corrie sem maiores incidentes, segundo os militares do país.

A embarcação ignorou as ordens para desviar o trajeto para o porto israelense de Ashdod. Israel se ofereceu para descarregar o navio e entregar a ajuda em Gaza, depois de inspecioná-la.

"De acordo com relatos iniciais, não houve violência ou ferimentos entre os soldados ou a tripulação, uma vez que o uso da força não foi necessário e nenhum tiro foi disparado", afirmou um comunicado militar israelense.

Trazendo ativistas irlandeses e de outras nacionalidades, a embarcação tentava quebrar o bloqueio de quatro anos imposto por Israel a Gaza com o objetivo declarado de impedir que os governantes do Hamas fortaleçam seu poderio bélico.

"Este foi outro ato vergonhoso da pirataria israelense nos mares", declarou em Dublin Kevin Squires, coordenador de uma campanha irlandesa de ajuda aos palestinos. Um dos membros da campanha estava no navio, batizado com o nome de um ativista da causa palestina morto em Gaza em 2003.

Os resultados da autópsia identificaram 30 balas nos corpos dos ativistas mortos no início desta semana, segundo um jornal britânico. Eles eram todos turcos, incluindo um que também tinha cidadania norte-americana.

Ancara já reduziu os laços diplomáticos com Israel a um mínimo histórico.

No sinal mais claro até agora de que o ataque desta semana poderia levar a mudanças, os Estados Unidos disseram que o embargo é "insustentável e deve ser mudado".

Israel tem impedido a entrada de cimento e outros materiais que, segundo Tel Aviv, poderiam ser usados com fins militares. Outros produtos têm sido bloqueados, apesar de não terem uso militar óbvio.

O grupo islâmico Hamas é hostil a Israel e não reconhece os acordos de paz assinados pela Autoridade Palestina.

"Estamos trabalhando com urgência com Israel, a Autoridade Palestina e outros parceiros internacionais para desenvolver novos procedimentos para entregar mais bens e assistência à Gaza", afirmou um porta-voz do Conselho de Segurança da Casa Branca.

"O arranjo atual é insustentável e deve ser mudado. No momento, pedimos a todas as partes que se juntem a nós para encorajar decisões responsáveis de todos os lados para evitar qualquer confrontação desnecessária", ele acrescentou em comunicado.

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