O Exército brasileiro informou ontem que está preparado para enviar mais 1,3 mil homens ao Haiti e dobrar seu efetivo no país. Aguarda apenas a decisão do governo federal.
"Se o governo quiser, temos condições de duplicar o efetivo", disse ontem o comandante do Exército, general Enzo Peri. Segundo ele, como é necessário treinamento especial, o reforço virá dos mais de 10 mil militares brasileiros que serviram no Haiti desde 2004.
Apesar de priorizar a parceria com a ONU, o governo brasileiro não descarta firmar um acordo direto com o Haiti como fizeram os EUA para mandar 10 mil homens. "Mas aí nossas tropas estariam sem o guarda-chuva da ONU", explicou o general. Ele disse não saber qual será a cota do Brasil na nova demanda das Nações Unidas, que pediu mais 3,5 mil homens. Atualmente, o país representa 12% do total do efetivo da missão de paz.
Já o chanceler Celso Amorim diz que o Brasil poderá aumentar "no futuro" seus efetivos militares na Minustah, mas que o necessário agora são mais forças policiais. "Existem vários oferecimentos para isso'', disse.
Ele mencionou ainda a oferta da República Dominicana de escoltar os comboios de ajuda que vão por terra até o Haiti e disse preferir que os novos efetivos sejam de países latino-americanos. A decisão política sobre como aumentar o efetivo militar ainda não foi tomada.
Enquanto aguarda a decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o Exército retoma nesta semana o rodízio integral da tropa que está no Haiti desde junho. Chegarão a Porto Príncipe 130 militares que não puderam desembarcar na terça passada por causa do tremor.
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