As Forças Armadas egípcias disponibilizaram mais de 120 mil soldados e 6 mil veículos militares para garantir a segurança do referendo constitucional que começa no próximo sábado.

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Em um comunicado divulgado hoje pela agência estatal de notícias Mena, o exército assegurou que mobilizou unidades para proteger os colégios eleitorais e as instalações estratégicas em todas as províncias do país.

Além disso, colaborará com o Ministério do Interior, que também foi encarregado da segurança do pleito. O presidente Mohamed Mursi ordenou esta semana que o exército preserve a segurança do país durante o referendo, que ser realizado nos dias 15 e 22 deste mês.

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Mursi emitiu um decreto que também autoriza as Forças Armadas a deter civis. Os militares devem coordenas suas ações com a polícia egípcia para velar pela segurança no país, até que o resultado do referendo seja divulgado.

Na quarta, a Frente de Salvação Nacional, que agrupa grande parte da oposição laica, anunciou que não irá boicotar a votação, mas pediu que seus apoiadores votem "não". A condição para não seguir adiante com o boicote é que a votação seja realizada apenas em um dia e sob completa supervisão judicial.

O referendo é um passo necessário para a entrada em vigor da nova Constituição, cujo texto foi aprovado por uma assembleia constituinte dominada por islamitas no dia 30. A oposição, que deixou aos poucos o trabalho, alegando não conseguir competir com a maioria islamita, afirma que o texto não tem legitimidade.

O pleito está marcado para ocorrer nos próximos dias 15 e 22 --o pleito teve de ser dividido porque a maioria dos juízes não aceitou supervisioná-lo. Na primeira etapa, a consulta será feita em dez Províncias, incluindo a capital Cairo e a cidade de Alexandria, a segunda maior do país.

O referendo continua na semana que vem, em mais 17 localidades, como Ismailiya e Suez. Os problemas entre Mursi e a oposição também passam pelos decretos assinados por ele em novembro que lhe concederam "superpoderes" ao eximirem qualquer decisão sua de exame judicial.Enquanto isso, o referendo continua para os egípcios que se encontram fora do país.

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O Ministério das Relações Exteriores informou através de um comunicado que ontem, o primeiro dia de votação fora do país, mais de 20 mil pessoas votaram, a maioria em países do golfo Pérsico. Cerca de 586 mil egípcios expatriados têm direito a votar.

Guia espiritual

O guia espiritual da Irmandade Muçulmana, Mohamed Badie, acusou hoje os remanescentes do regime do ditador Hosni Mubarak, deposto em fevereiro de 2011, de querer dividir o país para proteger seus interesses.

"O remanescentes do antigo regime ainda não perderam as esperanças. Exercem pressão e emprestam dinheiro roubado para proteger seus interesses e reproduzir o regime no qual foram educados e garantirão seu futuro", disse Badia em seu sermão semanal.

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