O exército do Sri Lanka lançou uma série de ataques aéreos contra posições dos Tigres para a Libertação da Pátria Tâmil (LTTE), após o atentado suicida atribuído à guerrilha que matou na segunda-feira quase 100 militares, informaram nesta terça-feira fontes governamentais.
A violência no país se acirra poucos dias antes da retomada das conversas de paz entre as duas partes, prevista para o dia 28, em Genebra.
Os bombardeios aéreos aconteceram no norte do Sri Lanka, reduto da guerrilha tâmil, onde o Exército lançou na semana passada uma forte ofensiva repelida pelo LTTE com um balanço de 133 baixas governamentais e mil feridos.
No atentado de segunda-feira, em Dugampatana, no nordeste do país, um caminhão cheio de explosivos se chocou com um comboio da Marinha, deixando 92 mortos e mais de 100 feridos.
O ataque foi realizado no mesmo dia em que o Supremo Tribunal cingalês, em um polêmico veredicto, decidiu dividir em duas a área administrativa do Norte e o Leste do Sri Lanka sob controle do LTTE.
O mediador de paz enviado pela Noruega, Jon Hanssen Bauer, deve chegar hoje ao Sri Lanka para tentar estabelecer um ambiente favorável às conversas de Genebra.
Também se encontra na ilha o mediador de paz japonês, Yasushi Akashi, que ontem se reuniu em Colombo com o ministro designado para essas negociações, Siripala da Silva, para tentar avançar no processo de paz.
Está em vigor no Sri Lanka um cessar-fogo desde 2002, mas este é violado por ambas as partes de forma sistemática e se calcula que mais de 2 mil pessoas tenham morrido em diferentes incidentes no período de um ano.
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