O exército sudanês disse que atacou um importante centro rebelde em Darfur e que matou 108 insurgentes na noite desta sexta-feira (14), um duro golpe para as já difíceis negociações de paz na remota região.
O grupo rebelde Movimento por Justiça e Igualdade (JEM, na sigla em inglês) negou o ocorrido, afirmando que deixou a região de Jabel Moun voluntariamente dias antes para evitar que a população sofresse com os bombardeios do governos.
Mas o movimento também afirmou que outros ataques recentes mostram que o governo do Sudão escolheu voltar à guerra e que as chances de conseguir negociar uma solução são mínimas.
O JEM disse na semana passada que iria suspender as negociações de paz com o governo, acusando-o de quebrar um acordo de cessar-fogo e o acordo de paz inicial assinado em Doha em fevereiro.
O grupo é um de duas forças rebeldes que lutam contra o governo sudanês desde 2003, alegando que Cartum teria marginalizado a população da região e retirado seu financiamento.
O presidente do Sudão, Omar Hassan al-Bashir, que mobilizou milícias para lutar contra os rebeldes, enfrenta acusações da Corte Criminal Internacional de ter sido responsável por crimes de guerra na região.