Refugiados do Sudão chegam a Aswan, no Egito: conflito deslocou cerca de 12 milhões de pessoas, das quais 3,5 milhões foram para outros países| Foto: EFE/EPA/KHALED ELFIQI
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As Forças Armadas do Sudão anunciaram nesta sexta-feira (21) que retomaram o palácio presidencial, na capital do país africano, Cartum, após quase dois anos de guerra.

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O palácio e outros prédios governamentais, cujo controle também foi recuperado, estavam nas mãos do grupo paramilitar Forças de Apoio Rápido (FAR), contra quem as forças sudanesas travam um conflito desde 15 de abril de 2023.

“Não haverá negociações até que essas pessoas não existam mais”, declarou o líder de fato do país e chefe do exército do Sudão, general Abdel Fattah al-Burhan, segundo informações da BBC.

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Devido à ocupação dos prédios governamentais pelas FAR, al-Burhan havia deslocado seu governo para Porto Sudão, na costa do Mar Vermelho.

A retomada da infraestrutura governamental em Cartum não significa que o conflito esteja perto do fim: apesar de as Forças Armadas sudanesas terem obtido avanços na guerra nos últimos meses, as FAR seguem controlando grandes partes do país.

O Exército do Sudão e as FAR iniciaram um conflito após o fracasso nas negociações para inclusão dos integrantes da milícia nas Forças Armadas regulares do país: líderes dos dois lados divergiram sobre o prazo para essa integração e o status dos combatentes das FAR a partir dessa incorporação, entre outras questões.

Sem acordo, teve início um conflito que já matou mais de 150 mil pessoas e deslocou cerca de 12 milhões, das quais 3,5 milhões foram para outros países.