• Carregando...
Ahmed Samouni, internado em Al-Quds: denúncia de massacre | Ismail Zaydah/Reuters
Ahmed Samouni, internado em Al-Quds: denúncia de massacre| Foto: Ismail Zaydah/Reuters

Washington - Em mais um capítulo da série de desavenças entre ONU e Israel acerca da ofensiva sobre a Faixa de Gaza, as forças invasoras foram acusadas de terem orientado cerca de cem civis palestinos a buscarem refúgio em uma casa que foi bombardeada 24 horas mais tarde, deixando pelo menos 30 mortos. O Exército israelense considerou as denúncias "inverossímeis’’.

O relato consta de um documento divulgado pelo Ocha (sigla em inglês para Escritório de Coordenação de Assuntos Humanitários da ONU).

Allegra Pacheco, vice-diretora da entidade e integrante de seu braço nos territórios palestinos, citou testemunhas da região de Zeitoun que narraram o episódio. Segundo ela, a maioria das vítimas eram da família Samouni, deslocada à força para o local no último domingo.

Um dos sobreviventes é Ahmed Ibrahim Samouni, de 13 anos. Em recuperação de ferimentos numa perna e no peito, ele contou sua versão no hospital.

"Estávamos dormindo quando os tanques e aviões atacaram. Um explosivo atingiu nossa casa e felizmente não nos acertou. Corremos para fora e vimos 15 homens. Eles tinham chegado de helicópteros e descido no topo dos prédios’’, contou o adolescente, acrescentando que os moradores foram agredidos e forçados a entrar em outra casa – justamente a que foi atingida no dia seguinte, quando sua mãe e outros parentes acabaram mortos.

"A denúncia de que o edifício foi atacado é inverossímil, porque em 4 de janeiro, a data mencionada pela organização internacional, as forças ainda não haviam chegado a Zeitoun’’, afirmou o porta-voz militar Yaacov Dallal. Ele disse que o Exército "não tem registrado nenhum disparo de artilharia ou aéreo contra prédios naquela zona’’.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]