Uma importante cidade portuária no norte da Síria foi abalada por tiroteios neste domingo (10), horas depois de o Exército ter fechado a região com tanques, montado postos de controle e cortado a comunicação, disseram ativistas de direitos humanos.
O ativista Mazen Darwish disse que as forças de segurança parecem ter avançado contra manifestantes que estavam reunidos em Banias neste domingo. Ele disse que pelo menos quatro tanques foram levados à cidade, aparentemente para proteger a refinaria de petróleo.
Darwish citou moradores da região, mas as informações não puderam ser confirmadas de maneira independente. O governo adotou várias restrições à cobertura jornalística e muitos repórteres foram detidos e expulsos do país.
"Existem manifestações por toda a cidade e as pessoas estão gritando contra o regime", disse Haitham al-Maleh, advogado de 80 anos e ativista de direitos humanos que passou anos como prisioneiro político na Síria.
A Síria vem vivendo manifestações há mais de três semanas e elas crescem a cada semana, pedindo por reformas no regime autoritário do presidente Bashar Assad. Mais de 170 pessoas foram mortas.
Assad disse hoje que o país está "avançando na estrada de reformas abrangentes", noticiou a agência de notícias estatal SANA. Nas últimas semanas, Assad respondeu aos protestos tanto com força quanto com concessões limitadas que não foram suficientes para acalmar o movimento. As informações são da Associated Press.