O Exército de Israel informou nesta terça-feira (6) que matou 130 combatentes do Hamas desde o início da ofensiva terrestre na Faixa de Gaza, na noite de sábado (3), segundo a agência France Presse e o site da rede de TV CNN.
Pelo menos cinco palestinos morreram em bombardeios israelenses contra duas escolas administradas pelas Nações Unidas na cidade de Gaza e no sul da Faixa de Gaza, informaram uma fonte médica e um porta-voz da ONU.
Três pessoas morreram em um ataque aéreo israelense na cidade de Gaza contra a escola Asma, no campo de refugiados de Chati, administrada pela UNRWA, a agência da ONU para os refugiados palestinos, afirmou o porta-voz da mesma, Adnan Abu Hasna.
Hasna declarou que 450 pessoas estavam refugiadas na escola para escapar dos bombardeios em outros bairros da cidade.
Nesta segunda-feira, Israel havia informado a morte de três soldados de suas forças armadas no norte da Faixa de Gaza, por conta de um episódio de "fogo amigo". Segundo informações oficiais, um tanque israelense disparou por engano contra a posição dos militares após atacar um edifício ocupado pelos soldados.
Com as três mortes, sobe para cinco o número de mortos entre os soldados israelenses na ofensiva terrestre, de acordo com o Exército de Israel.
Faixa de Gaza
Nesta terça-feira, tanques israelenses teriam entrado em Khan Yunes, a maior cidade do sul da Faixa de Gaza, afirmaram testemunhas à agência France Presse. Apoiados por helicópteros de combate, os tanques teriam aberto fogo contra a região, encontrando resistência de combatentes do grupo radical islâmico palestino Hamas e de outros movimentos.
Caso seja confirmada, a incursão no bairro de Abasan al-Kabira, zona leste de Khan Yunes, seria a primeira das forças israelenses nesta cidade, um reduto do Hamas, desde o início da ofensiva terrestre.
Também em Khan Yunes, um obus de artilharia atingiu a entrada de uma escola e matou duas pessoas, segundo uma fonte médica. Cresce pressão por cessar-fogo
A pressão internacional por uma trégua imediata cresce, e até os EUA, apesar de responsabilizarem o Hamas pelo início das agressões, pediram um cessar-fogo "duradouro" nesta segunda-feira (5).
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, e uma delegação da Liga Árabe intensificaram nesta segunda as pressões sobre o Conselho de Segurança das Nações Unidas para que intervenha e coloque fim à ofensiva israelense em Gaza.
Ban presidiu uma reunião na sede da ONU com o líder da Liga Árabe, Amre Moussa, na qual coordenaram os esforços para impulsionar uma nova resolução no principal órgão das Nações Unidas em favor de um cessar-fogo.
O secretário-geral, que fez um discurso antes que a reunião fosse fechada à imprensa, insistiu em que o Conselho de Segurança deve "cumprir suas responsabilidades de acordo com a Carta das Nações Unidas e colocar fim a esta crise".
"Devemos insistir em que Israel acabe com seu ataque militar, que foi excessivo, e devemos insistir em que o Hamas pare os lançamentos de foguetes, que são tão contraproducentes quanto inaceitáveis", assegurou Ban.
A reunião com o secretário-geral das Nações Unidas faz parte dos esforços diplomáticos da Liga Árabe para conseguir que o Conselho de Segurança da ONU interceda decisivamente para deter a intervenção israelense em Gaza.
Com esse objetivo, o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, deve apresentar pessoalmente nesta terça-feira (6) no principal órgão da ONU um novo projeto de resolução no qual pede um cessar-fogo, o levantamento do bloqueio de Gaza e o desdobramento de observadores internacionais.
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