O Exército de Israel recusou se pronunciar neste domingo sobre as informações que afirmam que sua força aérea realizou ataques na Síria, nos arredores da capital Damasco.
"Não vamos nos referir às informações estrangeiras", se limitou a dizer uma porta-voz do Exército israelense sobre os supostos bombardeios cuja autoria foi atribuída a Israel pelo governo sírio.
O Executivo de Bashar al Assad acusou Israel de atacar a cidade de Al Dimas e uma região próxima ao aeroporto de Damasco, ambas na periferia da capital síria, informou a agência oficial síria de notícias, "Sana".
A agência afirmou que a "agressão injusta" não provocou vítimas, mas não detalhou se o incidente foi causado por um ataque aéreo.
O Observatório Sírio de Direitos Humanos informou que dois aviões militares, supostamente israelenses, lançaram dois bombardeios, um deles contra o armazém de importações e exportações no aeroporto internacional de Damasco.
O segundo ataque foi efetuado contra uma zona militar na periferia da cidade de Al Dimas, perto da fronteira com o Líbano, onde foram escutadas pelo menos dez explosões. A ONG disse desconhecer se os ataques causaram vítimas.
Em maio de 2013, três posições militares situadas nos arredores de Damasco foram supostamente bombardeadas por Israel, que não reconheceu seu envolvimento no incidente.
No mesmo mês, outro ataque, em que Israel também foi responsabilizada, atingiu um comboio com armas aparentemente destinadas ao grupo xiita libanês Hezbollah.
Em junho deste ano, a aviação militar israelense atacou posições em solo sírio, incluindo uma instalação militar, após um ataque contra o lado da divisória controlado por Israel que matou um adolescente israelense.
Na ocasião, Israel afirmou que atacou nove posições na Síria e confirmou ter "atingido os alvos".
Desde o início do conflito armado no país vizinho em 2011, a região foi palco de vários incidentes de violência, entre eles a queda de mísseis na Colinas de Golã, que foi respondida de maneira ocasional pelo país.
Em março, aviões israelenses atacaram posições sírias pouco depois que uma bomba feriu quatro soldados que vigiavam a região fronteiriça no Golã, território ocupado pela Síria desde 1967.