Decisão de sair da região e deixar apenas uma brigada ocorre após a recuperação do corpo de um dos reféns.| Foto: Abir Sultan/EFE
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O Exército de Israel retirou na noite de sábado (6) todas as suas tropas terrestres do sul da Faixa de Gaza e apenas uma brigada permanece no enclave, confirmou neste domingo (7) à Agência EFE uma fonte militar.

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A retirada ocorre após quatro meses de combates na zona de Khan Yunis e quando se completa seis meses do começo da guerra entre Israel e Hamas em Gaza, onde já morreram mais de 33,1 mil pessoas, a maioria mulheres e crianças.

Atualmente, resta apenas uma brigada israelense no enclave palestino responsável por garantir um corredor entre o Sul de Israel e a costa de Gaza, bloqueando a passagem para o norte da Faixa e facilitando as operações no Centro e Norte do território.

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A notícia surge após as Forças de Defesa de Israel (FDI) terem recuperado ontem o corpo sem vida do refém israelense Elad Katzir, em Khan Yunis, que estava nas mãos da Jihad Islâmica.

Médicos forenses identificaram o corpo durante a noite e as autoridades informaram a família de Katzir, que foi sequestrado durante os ataques de 7 de outubro do ano passado ao Kibutz Nir Oz junto com sua mãe, libertada durante a trégua de sete dias entre Israel e Hamas, em novembro.

Os dois principais hospitais desta cidade do sul, Al Amal e Naser, foram devastados e inoperantes após o cerco das tropas israelenses durante estes meses sob a tese de que havia a presença de supostos combatentes nos complexos.

“Dezenas de suspeitos foram entregues ao Shin Bet e à Unidade 504 da Direção de Inteligência Militar para serem interrogados”, detalhou o Exército em comunicado divulgado no último dia 2.

Da mesma forma, o Exército israelense informou que, antes da retirada, as unidades de combate realizaram as últimas operações no bairro de Al Amal para terminar o “desmantelamento da infraestrutura terrorista”.

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Em uma mensagem na rede social X, o ex-ministro da Justiça israelense Gideon Sa'ar criticou a retirada das tropas, afirmando que "a diminuição do tamanho das forças" israelenses em Gaza "nos distanciou de alcançar os objetivos da guerra".

O próximo objetivo de Israel em Gaza parece ser a já anunciada incursão militar em Rafah, no sul do enclave, onde vivem 1,4 milhão de deslocados e, segundo o Exército, ainda permanecem quatro batalhões do Hamas; uma incursão que conta com a oposição dos Estados Unidos, o principal aliado militar de Israel.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]