Tanques do Exército sírio abriram fogo ontem contra áreas residenciais em diversas cidades do sul e do oeste do país. Ao menos 19 pessoas morreram, de acordo com ativistas de direitos humanos. Já a agência estatal de notícias síria informou que dois soldados foram mortos e cinco ficaram feridos em confronto com "gangues terroristas armadas" em Bab Amr, perto da costa.
Dentre as cidades que foram alvo dos tanques está Homs, a terceira maior do país, perto do litoral, cercada pelo Exército. Deraa, o epicentro do movimento contra o regime, que já dura quase dois meses, também foi atacada pelo Exército, embora o governo tivesse anunciado que a revolta nessa cidade do sul estava liquidada. Moradores da capital, Damasco, disseram que as forças de segurança aumentaram sua presença nas ruas, com patrulhas e um número maior de postos de controle.
Grupos de defesa de direitos humanos na Síria calculam que dez mil manifestantes tenham sido presos nos últimos dias. Abu Haydar, um morador de Homs, disse à Reuters que a cidade tem sido castigada por disparos de tanques desde domingo. Haydar acrescentou que passou a noite no porão de sua casa. Homs, segundo ele, estava "paralisada". A Síria não tem permitido a entrada de jornalistas estrangeiros e a cobertura tem sido feita por meio de relatos de testemunhas, pelo telefone.
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