As Forças Armadas do Egito pediram neste sábado(8) que a oposição e o governo do presidente Mohammed Mursi entrem em um acordo para poder sair da atual crise política, causada pelos decretos que aumentam os poderes do mandatário e a nova Constituição.
As duas medidas são os principais motivos das manifestações contra o presidente desde 22 de novembro e tiveram seus dias mais violentos nesta semana, quando os opositores entraram em choque com partidários de Mursi.
Em comunicado, os militares disseram que haverá consequências trágicas se não se chega a um consenso. "O método do diálogo é o melhor e o único para conseguir os interesses supremos do país e dos cidadãos. Caso contrário, entraremos em um túnel escuro cujo resultado será trágico".
As Forças Armadas advertiram que pretendem intervir caso a crise se torne mais violenta, mas disse que a continuidade do conflito político não beneficiará nenhuma parte e o preço será pago por todo o país.
Esta é a primeira vez que os militares se manifestam desde o início da crise provocada pelos decretos e a nova Constituição. Desde então, as tropas só agiram se solicitadas pelo presidente Mohammed Mursi, como no cerco ao palácio presidencial que acontece desde quinta (6).
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