O exército russo se recuperou de uma crise pós-soviética e está pronto para qualquer operação de manutenção da paz, disse o presidente russo, Dmitry Medvedev, nesta segunda-feira (18), ao avisar que a Geórgia seria punida por sua ações na Ossétia do Sul.
Medvedev, que visitava a base da unidade do exército que ele enviou à Geórgia, distribuiu medalhas para cerca de 30 homens que lutaram no conflito na Geórgia e disse que obter armas melhores seria uma prioridade para o exército.
"As forças armadas superaram a crise da década de 1990 e estão agora completamente prontas para batalhas para desenvolver qualquer operação de paz", disse Medvedev na cidade russa de Vladikavkaz, perto da fronteira da Ossétia do Sul.
"Ainda há problemas. Um deles é referente às armas. Fizemos muito recentemente: a provisão para as forças armadas está melhor, mas não o bastante."
Centenas de soldados ouviram Medvedev, que completou na semana passada seus primeiros 100 dias no Kremlin, em uma grande praça em Vladikavkaz. "Olá, camaradas!", disse.
"A Rússia está orgulhosa de cada um de vocês", afirmou Medvedev em sua primeira visita à região desde o início dos conflitos, nos dias 7 e 8 de agosto.
"Obrigado por sua coragem, por proteger os civis, por ter ficado no caminho daqueles que trouxeram a morte às pessoas da Ossétia do Sul... o que as autoridades da Geórgia fizeram está além da compreensão humana e não pode ser perdoado ou ficar sem punição."
A Rússia respondeu com força militar esmagadora - sendo condenada pelos Estados Unidos - depois que a Geórgia tentou recapturar a Ossétia do Sul, uma província protegida pela Rússia que declarou sua independência nos anos 1990.
A Rússia anunciou na segunda-feira que havia começado uma retirada militar de territórios georgianos depois de um acordo de cessar-fogo mediado pela França. Mas os dois países continuaram a trocar acusações mesmo depois que a trégua foi anunciada.
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