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EUA vêem mais sinais de interferência do Irã no Iraque

Há armas iranianas sofisticadas sendo apreendidas no país, disse uma importante fonte do Departamento de Estado.

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O comandante-chefe das Forças Armadas da Turquia, Yasar Büyükanit, disse nesta quinta-feira (12) em Ancara que é necessária uma operação contra posições de rebeldes curdos no norte do Iraque, mas reconheceu que, para isso, ainda é necessária uma decisão política.

"Deveria haver uma operação através da fronteira contra o norte do Iraque? Como soldado, eu diria que sim, deveria. Ajudaria na atual situação? Sim, acho que sim. Mas para isso é necessária uma decisão política", afirmou em entrevista coletiva o chefe do Exército turco.

As tensões entre a Turquia e as autoridades autônomas curdas do norte do Iraque aumentaram nos últimos dias, pois Ancara acusa o ilegalizado Partido dos Trabalhadores de Curdistão (PKK) de usar a região norte do país vizinho para se armar e realizar atividades sem ser importunado.

O líder curdo no norte do Iraque, Massoud Barzani, disse na semana passada que os curdos iraquianos agiriam a favor dos compatriotas na Turquia caso Ancara decidisse interferir em Kirkuk, principal cidade curda, no norte do Iraque.

Barzani acrescentou que formar um Estado independente é um direito dos curdos que vivem na Turquia, Síria e Iraque.

Segundo Büyükanit, as advertências do Exército turco não são dirigidas diretamente contra Barzani, mas "para aqueles que fazem declarações desse tipo", e com isso insinuou que o líder curdo poderia estar falando com o apoio dos Estados Unidos.

Sobre a situação no Iraque, o chefe do Exército turco disse que está pessimista sobre o futuro, e previu uma divisão em três novos Estados.

Além disso, qualificou o PKK como uma organização "racista, nacionalista e terrorista" e criticou algumas instituições européias, como o Parlamento Europeu, por tentar "criar minorias na Turquia".

Büyükanit afirmou que as forças turcas estão realizando "grandes operações" contra o PKK no sudeste do país e que o Exército tem informações sobre preparativos dos rebeldes curdos para intensificar as atividades na Turquia a partir de maio.

A Turquia acusa os curdos do Iraque de dar refúgio ao PKK, que, em 1984, começou a usar armas para lutar pela autodeterminação dos estimados 12 milhões de curdos no país.

Mais de 35 mil pessoas morreram desde então na guerra não declarada. Na semana passada, 14 soldados turcos e um guarda local morreram, além de um número não determinado de rebeldes do PKK.

O chefe do Exército advertiu que o novo presidente da Turquia, que será eleito nas próximas semanas pelo Parlamento em Ancara, "deverá respeitar os princípios seculares da república turca".

As palavras foram interpretadas como uma advertência ao primeiro-ministro turco, o moderado Recep Tayyip Erdogan.

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