Pessoas participam de uma vigília em homenagem às vítimas da violência em Johannesburgo.| Foto: Kim Ludbrook/Efe

O governo da África do Sul mobilizou nesta terça-feira (21) o exército para tentar manter a ordem em Alexandra, subúrbio de Johannesburgo, um dos principais locais afetados pela onda de violência contra imigrantes de outros países africanos.

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Os ataques acontecem em sua maioria em áreas pobres de maioria negra, onde os estrangeiros são acusados de roubar os empregos dos locais. Desde o início do mês, oito pessoas morreram, 300 foram presas e 5 mil deixaram suas casas.

Apelos

Devido à violência, governos africanos e a China pressionaram o governo do presidente da África do Sul, Jacob Zuma, a proteger os estrangeiros que vivem no país. O mandatário, que cancelou uma viagem à Indonésia no último fim de semana, pediu aos estrangeiros que permaneçam no país.

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A ministra da Defesa, Nosiviwe Mapisa-Nqakula, diz que a força armada só será usada como último recurso. “O Exército é a última linha de defesa. Será empregado como força de dissuasão contra a criminalidade”.

Inicialmente, as tropas ficarão apenas em Alexandra, mas poderão ser enviadas a outras áreas, como a província de KwaZulu-Natal, cuja capital, Durban, foi o berço da nova onda de protestos, em março.

A chegada do exército acontece um dia depois que um casal de imigrantes do Zimbábue foi ferido ao ser atacado por jovens sul-africanos no bairro de Alexandra. Eles receberam alta do hospital nesta terça.

O incidente foi mais um de uma sequência de ações contra estrangeiros, que forçou a saída de pessoas do Zimbábue, do Maláui e de Moçambique de suas casas na noite de sábado (18). Casas e lojas dos imigrantes foram atacados pelos sul-africanos.

Ainda no fim de semana, o moçambicano Emmanuel Sithole morreu após ser apunhalado várias vezes por seus próprios vizinhos de “township”. A polícia prendeu quatro acusados da agressão, que comoveu o país.

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