A Austrália pode até ser o ``país sortudo'', mas a população indígena não tem tanta sorte quando se trata de longevidade.

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Números divulgados recentemente pelo Serviço Australiano de Estatística mostram que os australianos estão entre as pessoas com maior longevidade no mundo, com média de vida de 78,5 anos para homens e 83,3 para mulheres.

Mas os números caem cerca de 17 anos para a população indígena da Austrália, cuja expectativa de vida em 2001 era de 59,4 anos para homens e 64,8 para mulheres.

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Diversos fatores, incluindo pobreza, discriminação, abuso de substâncias e pouco acesso a saúde, são considerados causas que afetam a vida da população indígena da Austrália.

No restante do país, a capital, Canberra - muitas vezes descrita como um lugar entediante e sem alma - é estatisticamente o melhor lugar para se ganhar uma vida longa.

A cidade de 325.000 habitantes tem a maior expectativa, com 84 anos para mulheres e 79,9 anos para homens.

Construída para resolver uma dura disputa em 1908 entre Sydney e Melbourne sobre quem deveria ser a capital, a moderna Canberra tem a população mais rica e educada da Austrália.

O índice de desemprego é de apenas 2,8 por cento e os salários semanais estão bem acima da média australiana, chegando ao equivalente a 942 dólares, com apoio da indústria de tecnologia da informação e salários do governo.

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No outro lado da escala está o Território do Norte, pouco povoado e conhecido pelo cenário do filme ``Crocodile Dundee''.

O território tem apenas 1 por cento dos 20 milhões de habitantes da Austrália.

Os homens de lá vivem em média 72,5 anos e as mulheres, 78,2.

Mais de um quarto da população é aborígene, que costuma viver em comunidades remotas com pouco acesso a empregos, saúde e educação e com uma das expectativas de vida mais baixas.

A média nacional de expectativa de vida para homens na Austrália só é menor do que na Islândia e em Hong Kong. Entre mulheres, só perde para Japão e Hong Kong.

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