Agora que a frota de ônibus espaciais foi aposentada de vez, o foco do programa espacial dos Estados Unidos poderá ser transferido para a ciência astronômica da Nasa sem humanos a bordo de naves.
As viagens espaciais com humanos historicamente captaram a maior parte da atenção do público e do orçamento da Nasa, mas as investigações robóticas e os observatórios trouxeram os maiores avanços para entender melhor o cosmos -- desde as voltas ao redor de Marte até a observação de bilhões de anos atrás para ver como as galáxias nascem.
Houve um momento simbólico nesta semana, quando os astronautas do ônibus espacial visitaram a Casa Branca para receber os elogios do presidente Barack Obama pelo programa dos ônibus espaciais que durou 30 anos e terminou no dia 21 de julho.
Ao mesmo tempo, a Nasa anunciou uma investigação sobre o asteroide Vesta, a observação do coração escuro de uma galáxia e o lançamento em breve de uma espaçonave que irá para Júpiter.
O orçamento proposto pela Nasa para o ano fiscal de 2012 destina mais de 8 bilhões de dólares para viagens espaciais tripuladas, em comparação aos cerca de 5 bilhões de dólares para a ciência espacial -- e isso sem nenhum veículo especial dos EUA próprio para humanos num futuro imediato.
Os astronautas pegarão carona nas cápsulas menores russas Soyuz para chegar à Estação Espacial Internacional até 2020.
Norte-americanos em Marte? Talvez em 2035. Mas jipes robóticos têm percorrido a superfície marciana desde 2004.
Como as viagens espaciais tripuladas por humanos exigem a simulação de condições semelhantes à da Terra -- temperatura, estabilidade, ar --, elas sempre foram mais caras do que a exploração não-tripulada ou as observações com base na Terra. Elas começaram na Guerra Fria nos anos 1950, quando era um imperativo geopolítico.
Mesmo nessa época, a ciência era uma prioridade. A Lei do Espaço e da Aeronáutica Nacional, de 1958, que criou a agência espacial, colocou como seu primeiro objetivo "a expansão do conhecimento humano dos fenômenos na atmosfera e no espaço."
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