Funcionários iraquianos disseram que sete pessoas foram mortas e 25 ficaram feridas quando um carro-bomba estacionado perto de um café explodiu, no bairro xiita de Sadr City, no leste de Bagdá.
O atentado ocorreu ao final de uma noite de calor, dois dias depois de ataques atribuídos à Al-Qaeda em várias partes do país, que deixaram 125 mortos, demonstrando, segundo autoridades, que o grupo sunita ainda é uma ameaça.
A violência sectária coincide também com um momento de incerteza política depois das inconclusivas eleições de 7 de março. Embora um bloco apoiado pela minoria sunita tenha feito a maior bancada, dois grupos xiitas estão negociando a formação de um governo de coalizão.
Na hora do atentado no bairro de Sadr City, havia um grande número de jovens passeando na rua, muitos deles jogando dominó. Esse bairro é um reduto do clérigo antiamericano Moqtada al Sadr, cuja milícia enfrentou militares dos EUA até ser praticamente desmantelada pela repressão das forças locais, em 2008.
Horas antes, uma bomba numa mercearia em outro bairro xiita de Bagdá matou 3 pessoas e feriu 23, segundo a polícia.
As autoridades dizem que os insurgentes inicialmente mataram o dono da loja em frente ao estabelecimento, no bairro de Shula (zona noroeste), e depois detonaram uma bomba junto à aglomeração que se formou em torno do corpo.
Ambos os ataques de quarta-feira têm características de grupos sunitas como a Al-Qaeda, que costumam atacar em movimentadas áreas xiitas.
Os atentados desta semana mostram que os insurgentes continuam fortes, apesar dos recentes reveses impostos pelas forças dos EUA e Iraque, incluindo a morte de Abu Ayyub al Masri, líder da Al-Qaeda no Iraque, ocorrida numa ação militar em abril.
Na noite de terça-feira, uma bomba em uma calçada matou cinco policiais e feriu 14. O contingente havia sido atraído a um mercado de Bagdá pela detonação de um explosivo improvisado.