Um carro-bomba explodiu nesta quarta-feira na cidade portuária colombiana de Buenaventura, matando ao menos seis pessoas e deixando 34 feridos, em um ataque atribuído por autoridades militares e policiais à guerrilha das Farc.
A explosão atingiu uma área próxima aos prédios da procuradoria-geral e da prefeitura de Buenaventura, um porto importante da Colômbia na costa do Pacífico, a 320 quilômetros de Bogotá.
O secretário de governo do departamento de Valle, Víctor Manuel Salcedo, revelou que a maioria das vítimas era civis e alguns efetivos da Polícia Nacional.
O comandante das Forças Militares, general Freddy Padilla de León, classificou o ataque como um "ato terrorista" e disse lamentar o incidente.
O oficial admitiu a possibilidade de o ataque ter sido realizado pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), o maior grupo guerrilheiro do país considerado uma organização terrorista pelos Estados Unidos e União Europeia.
A costa perto de Buenaventura é um ponto fundamental para o tráfico de drogas e armas e tem a presença das Farc e de grupos de narcotraficantes.
A explosão destruiu veículos de serviço público, janelas de vários edifícios e afetou a estrutura do prédio da prefeitura de Buenaventura.
O ataque ocorreu dois dias após rebeldes das Farc terem queimado sete caminhões na estrada Buenaventura-Buga e bloqueado por várias horas o tráfego de veículos na rodovia, que liga o centro colombiano ao porto de Buenaventura, o mais importante do país no oceano Pacífico.
O governo da Colômbia alertou recentemente sobre o risco das Farc intensificarem seus ataques em diferentes regiões do país, como parte de uma estratégia para ganhar protagonismo e demonstrar poderio militar nas vésperas de eleições presidenciais.
A violência na Colômbia entrou em declínio depois que o presidente Álvaro Uribe chegou ao poder em 2002 e reforçou o envio de tropas para combater os rebeldes, paramilitares e traficantes de drogas. Mas os rebeldes continuam fortes em áreas rurais.
Uribe tem boa popularidade no país por seu combate à violência apoiado pelos Estados Unidos. Ele deixará o poder neste ano após dois mandatos na Presidência. Os colombianos vão às urnas em maio escolher um novo presidente e a maioria dos candidatos promete manter as políticas de segurança.
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