Pelo menos dez pessoas ficaram feridas na explosão de duas bombas de fabricação caseira em prédios de Bogotá, na Colômbia, na tarde de quinta-feira (2). Os autores da ação ainda são desconhecidos.
A Promotoria disse que as bombas foram colocadas pela “guerrilha”, sem especificar se são as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) ou o ELN (Exército de Libertação Nacional).
A primeira explosão aconteceu às 15h50 locais (17h50 em Brasília). Uma bomba de estrondo dentro de uma caixa foi detonada dentro do escritório do fundo de previdência privada Porvenir no centro financeiro de Bogotá.
Segundo a polícia, o explosivo foi colocado no local 20 minutos antes de ser detonado. Nesta ação, nove pessoas foram atingidas, a maioria delas com ferimentos leves. Todas foram liberadas até a noite de quinta.
A segunda bomba explodiu em outra agência da empresa no bairro Puente Aranda, 35 minutos mais tarde. Nesta ação, um homem teve traumatismo craniano e continua internado em um hospital de Bogotá.
As autoridades buscam os responsáveis pelos ataques. Nesta sexta-feira (3), a polícia tenta encontrar uma mulher que teria levado um dos pacotes ao escritório do Porvenir e fez retratos falados de dois suspeitos.
Devido aos ataques, o presidente Juan Manuel Santos voltou a Bogotá. Ele participava no Peru de uma cúpula da Aliança do Pacífico, área de livre comércio formada por Chile, Colômbia, México e Peru.
Ainda no evento, Santos chamou o atentado de “uma demonstração de debilidade e covardia”. Ele convocou na sexta uma reunião do conselho de segurança para avaliar o reforço na segurança na capital colombiana.
Depois do ataque, o governo aprovou o envio de 2.000 policiais e soldados do interior para Bogotá. A intenção é evitar que ocorram novos ataques, em especial do ELN, que completa 51 anos neste sábado.
Diferentemente das Farc, o ELN não está em processo de paz com o governo. O grupo armado foi o responsável por outros seis atentados similares registrados desde o início deste ano.
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