Ao menos uma pessoa morreu e onze ficaram feridas neste domingo (24) após uma explosão registrada em um bar na cidade de Ansbach, perto de Nuremberg, na Alemanha.
O morto seria o suposto autor do ataque, segundo a agência “Associated Press”, que cita agentes policiais. Ele teria morrido quando os explosivos que carregava consigo detonaram.
A prefeita da cidade, Carda Seidel, teria dito a uma revista de Munique que a causa foi um “aparelho explosivo”, detonado perto de um festival. O evento, que reuniria cerca de 2.500 pessoas, teria sido cancelado como precaução.
Um porta-voz do ministro do Interior da Bavária, Joachim Herrmann, informou que não era possível dizer ainda se a explosão foi acidental ou intencional. Mais cedo, o jornal alemão “Bild” informou que a explosão poderia ter sido causada por um vazamento de gás.
Outros casos
Também neste domingo, um refugiado sírio de 21 anos matou uma mulher e deixou outras duas pessoas feridas com um facão na cidade de Reutlingen, no sul da Alemanha, afirmou um porta-voz da polícia.
Os investigadores dizem que não há evidências de que o ataque seja ligado a algum grupo terrorista. De acordo com o porta-voz, o homem, que buscava asilo na Europa, já esteve envolvido em outros delitos. Ele não informou, contudo, quando ele chegou à Alemanha e quando os incidentes anteriores ocorreram.
Na sexta-feira (22), Ali David Sonboly, jovem de 18 anos com dupla nacionalidade -alemã e iraniana-, atirou em um shopping de Munique, deixando nove mortos e 35 feridos. O jovem cometeu suicídio após o ataque. Segundo a polícia, ele não tinha vínculos com o grupo extremista Estado Islâmico.
No dia 18, um homem armado com um machado e uma faca feriu quatro pessoas em um trem na cidade de Würzburg, no sul da Alemanha.
O agressor, um adolescente afegão de 17 anos que buscava asilo na Europa, foi morto pela polícia. Horas depois, o Estado Islâmico assumiu a autoria do ataque no trem. “O responsável pelo esfaqueamento na Alemanha era um dos combatentes do Estado Islâmico e desencadeou a operação em resposta ao chamamento para atacar países da coalizão que luta contra o EI”, disse um comunicado publicado pela Amaq, ligada à facção terrorista.
Após os ataques, as autoridades alemãs pediram maior controle na venda de armas. “Temos de continuar fazendo todo o possível para limitar e controlar rigorosamente o acesso a armas letais”, disse o vice-chanceler Sigmar Gabriel à corporação Funke, que possui uma série de jornais alemães.
Antes, no dia 14, 84 pessoas morreram ao serem atropeladas por um caminhão que avançou de forma deliberada sobre um multidão que assistia à queima de fogos na orla de Nice, no sul da França, comemorando a Queda da Bastilha. O Estado Islâmico reivindicou a autoria do atentado de Nice dois dias depois e declarou que o autor do ataque, o terrorista tunisiano Mohamed Lahouaiej Bouhlel, era seu “soldado”, embora ele não estivesse na lista de suspeitos dos serviços de inteligência da França.
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