Uma explosão atingiu uma das entradas da embaixada dos Estados Unidos em Ankara, nesta sexta-feira, deixando ao menos duas pessoas mortas. Uma delas é um suspeito de ter perpetrado um ataque suicida no local, segundo fontes de agências internacionais.
Há ao menos outros dois feridos, que foram levados a centro médicos próximos. Ambulâncias e forças de segurança foram chamadas à embaixada, mas ainda não há uma confirmação oficial de ação terrorista. O Departamento de Estado dos EUA informou que não estava a par do ocorrido e não podia confirmar o incidente.
Fontes da CNN afirmam que um homem foi visto entrando na sede diplomática segundos antes da explosão. Segundo testemunhas, o número de vítimas pode crescer. A explosão ocorreu precisamente na máquina de raio X na entrada da seção onde se solicita vistos, de acordo com o canal de TV local CNN Turk.
"Foi uma grande explosão. Eu estava sentado em minha loja quando aconteceu. Eu vi a parte de um corpo no chão", disse o agente de viagens Kamiyar Barnos, cujo escritório fica a 100 metros da sede diplomática.
A Turquia é um aliado vital dos Estados Unidos e da Otan na região, que faz fronteira com o Iraque, a Síria e o Irã.
Apesar do grupo separatista curdo PKK ter sido responsável por alguns atentados contra instituições do governo turco, o incidente ocorre em um momento de negociações de paz entre o governo e Abdullah Ocalan, líder e um dos fundadores PKK.
Em 2003, mais de 60 pessoas morreram em dois atentados diferentes em Istambul: um contra duas sinagogas e outro no Consulado do Reino Unido e na sede do banco britânico HSBC, cinco dias depois. Na época, autoridades turcas culparam vários membros da al-Qaeda, incluindo dois sírios.