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Bombas destruíram nesta quarta-feira a cúpula de um importante santuário xiita na cidade iraquiana de Samarra, em um aparente ataque sectário que levou a protestos e a pedidos de retaliação.

O principal clérigo xiita do país, o aiatolá Ali al-Sistani, convocou manifestações contra o ataque e o primeiro-ministro Ibrahim al-Jaafari, um xiita, foi à TV ao vivo para declarar três dias de luto no país.

Jaafari, sob pressão dos EUA para atrair líderes sunitas para uma coalizão de governo a fim de evitar uma guerra civil, pediu unidade, descrevendo as explosões como um ataque a todos os muçulmanos.

Mas os manifestantes reunidos na cidade sagrada de Najaf prometeram vingança pelo ataque. O conselho de Segurana Nacional Mowaffaq al-Rubaie, também xiita, culpou ativistas árabes sunitas inspirados na rede Al-Qaeda pelo incidente.

Muitos dos manifestantes estão sendo inflamados pelo líder religioso radical xiita Moqtada al-Sadr, que culpou extremistas sunitas pela explosão e prometeu vingança.

- Não apenas condenamos e protestamos, mas também vamos agir contra esse extremistas. Se o governo do Iraque não faz seu trabalho para proteger o povo do Iraque nós estamos prontos para fazê-lo - afirmou Sadr, que prega nas áreas mais pobres de Bagdá.

Autoridades locais disseram que não houve vítimas depois que homens armados entraram na Mesquita Dourada de madrugada e detonaram explosivos, que destruíram a cúpula de um dos quatro lugares xiitas mais sagrados no Iraque.

Uma porta-voz militar americana descreveu os danos ao teto como catastróficos.

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