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Atualizado em 24/04/2006 às 19h52Três explosões chacoalharam na segunda-feira o balneário de Dahab, península do Sinai, no Egito, matando 30 pessoas e ferindo mais de 100, segundo as autoridades.

Testemunhas viram fumaça subindo do bazar turístico da cidade, e os moradores contaram que havia partes de corpos e destroços na rua após a explosão em um restaurante.

O presidente egípcio, Hosni Mubarak, classificou as explosões como um "ato terrorista perverso".

"O presidente enfatizou a necessidade de...rastrear os responsáveis deste perverso ato terrorista, para que sejam penalizados de acordo com a lei", informou a agência estatal Mena.

Em nota, o Ministério do Interior disse haver dez mortos e 100 feridos, mas é comum que o ministério esteja desatualizado nesses casos. A nota dizia que havia quatro estrangeiros entre as vítimas fatais, mas não mencionava sua nacionalidade.

O pequeno balneário, com praias e opções de mergulho, é muito popular entre mochileiros.

Um funcionário de um bar que estava a 200 metros do local disse ter visto muitos mortos. "As pessoas estavam gritando, sendo levadas para o hospital. Os egípcios foram doar sangue. Havia partes de corpos. Havia polícia em todo lugar."

As explosões ocorreram no restaurante Nelson, da cafeteria Aladdin e no supermercado Ghazala, segundo o ministério do Interior.

Um funcionário do serviço de ambulâncias disse que muitos dos mortos pareciam ser estrangeiros.

Mergulhadores israelenses costumam frequentar o local, mas, como o feriado da Pessach já terminou, é improvável que houvesse muitos deles por lá. O embaixador israelense no Cairo e autoridades israelenses disseram não saber de vítimas do país.

É a terceira vez que ocorrem explosões triplas na costa leste da península do Sinai desde outubro de 2004, quando um grupo atacou o hotel Hilton Taba e dois outros balneários do norte da região, matando 34 pessoas.

As autoridades egípcias disseram que um grupo próximo ao primeiro cometeu outro ataque, em julho de 2005, no sofisticado balneário de Sharm El Sheikh, matando pelo menos 67 pessoas.

Ambos os ataques coincidiram com feriados egípcios -- 6 de outubro e 23 de julho. As explosões de segunda-feira acontecem durante o Shamm El Nessim, uma antiga festa da primavera, quando os egípcios costumam viajar.

Os três atentados ocorreram em rápida sucessão, por volta de 19h15 (14h15 em Brasília). "Há fumaça saindo da área e há pessoas correndo por todos os lados", disse uma testemunha que ouviu as explosões.

Um visitante disse que a polícia estava parando carros e ônibus que deixavam o balneário e que havia restrições à entrada e saída nos acampamentos de mochileiros na área.

As autoridades egípcias atribuíram os atentados de Taba e Sharm El Sheikh a um pequeno grupo do Sinai, originalmente comandado por um palestino e que tem posições militantes islâmicas.

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