Uma explosão em um depósito de munições no Chipre matou 12 pessoas, entre elas o chefe da Marinha cipriota, um comandante da base naval e seis bombeiros, na manhã desta segunda-feira, informou a polícia local. A explosão provocou o desligamento da maior estação de energia da ilha.
Os bombeiros foram chamados pela base naval de Evangelos Florakis, próxima a uma colônia de férias na costa sul do Chipre, para combater um incêndio no depósito, que ficou em chamas por cerca de uma hora antes de provocar uma enorme explosão.
A explosão quase derrubou a usina elétrica de Vassilikos, que produz cerca de 60 por cento da energia da ilha, danificou prédios e vilas próximas e provocou chuva de metais na estrada. Todas as vítimas eram cipriotas.
O ministro da Defesa e o chefe do Exército do Chipre renunciaram horas após o incidente no depósito, que guardava armamentos confiscados do Irã. Um porta-voz do governo descartou a possibilidade de sabotagem.
A explosão deixou 62 pessoas feridas, destruiu as paredes externas de dois prédios e foi sentida a quilômetros de distância em bosques de oliveiras e vilas agrícolas próximas à base naval.
"Meu trator saltou cerca de um metro de altura", disse o fazendeiro Nicos Aspros, que estava cultivando sua terra no momento da explosão. "Não existe uma casa na comunidade que não foi danificada."
Os armamentos iranianos foram confiscados do Monchegorsk, um navio que o Chipre interceptou em 2009 e que navegava do Irã para a Síria, violando uma sanção da Organização das Nações Unidas contra o Irã.
Fontes militares acreditam que todos os 98 contêineres de armas, que estavam expostos a temperaturas muito altas, explodiram no incidente.
Na capital Nicósia, 65 quilômetros a nordeste do local, moradores ficaram sem energia e tiveram redes de telefonia celular congestionadas.