Pelo menos 25 pessoas morreram e 60 ficaram feridas, nesta segunda-feira, após a explosão de uma bomba de fabricação caseira em um mercado de Bagdá, capital do Iraque, um dia antes da Eid al-Adha ou Festa do Sacrifício, quando o local estava cheio de pessoas fazendo compras para o feriado. O grupo jihadista Estado Islâmico assumiu a responsabilidade pelo atentado.
O capitão da polícia iraquiana, Abdullah Al Huseini, confirmou à Agência Efe as 25 mortes até o momento. Além disso, ele afirmou que a explosão também causou danos ao mercado. Outros veículos de imprensa relataram que o atentado já deixou mais de 35 mortos.
A explosão ocorreu em um mercado localizado no populoso bairro de Sadr City, no leste de Bagdá e com maioria xiita, um reduto dos seguidores do influente clérigo Moqtada al-Sadr e que foi alvo de inúmeros ataques nos últimos anos nas mãos de grupos radicais sunitas, como a Al Qaeda e o Estado Islâmico.
Em nota divulgada por meio de seus canais de propaganda no Telegram, o Estado Islâmico afirmou que um homem-bomba detonou seu colete explosivo no meio de uma congregação de "renegados", como o EI chama os muçulmanos xiitas.
Essa é a terceira vez neste ano que uma explosão atinge o bairro de Sadr City. Em janeiro, um atentado suicida duplo deixou pelo menos 32 mortos em um mercado no centro de Bagdá.
A Célula de Informações de Segurança do governo iraquiano disse que o Comando da Polícia de Bagdá abriu uma investigação sobre as circunstâncias da explosão, descrita como um "ataque terrorista".
Por sua vez, o presidente iraquiano, Barham Salih, descreveu o ocorrido como um "crime hediondo e cruel", perpetrado contra civis na véspera do Eid: "Eles não querem que o povo se divirta nem por um momento, com segurança e alegria", disse em um comunicado. "Não estaremos tranquilos até eliminarmos o terrorismo odioso e covarde de suas raízes", acrescentou.
Os ataques em Bagdá são comuns durante os feriados muçulmanos, embora tenham sido menos frequentes desde a derrota militar do grupo jihadista Estado Islâmico em 2017, quando foi expulso da maioria dos territórios que controlava no Iraque.
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