Uma explosão atingiu uma movimentada estação de metrô no centro da capital de Bielo-Rússia, Minsk, no fim da tarde de segunda-feira, horário de pico do movimento.
O presidente Alexander Lukashenko disse que onze pessoas morreram e cerca de 100 ficaram feridas, informou a agência de notícias Interfax.
A agência de notícias estatal BelTA disse que a explosão ocorreu às 17h55 (11h55 no horário de Brasília) na estação Oktyabrskaya, situada numa praça de mesmo nome, a cerca de 100 metros do prédio do governo do presidente Lukashenko.
Não havia informações oficiais sobre a causa da explosão - se foi uma bomba ou um acidente.
Lukashenko visitou o local da explosão e convocou uma reunião ministerial de emergência para a noite. Um comunicado oficial deverá ser divulgado após a reunião.
Se a explosão foi um ato de violência deliberada, será um acontecimento bastante incomum em Bielo-Rússia, uma ex-república soviética fortemente policiada com 10 milhões de habitantes, que faz fronteira com a Polônia, a Letônia e a Lituânia --países membros da União Europeia-- e ainda com a Rússia e a Ucrânia.
As vítimas foram retiradas da estação. Os feridos receberam tratamento médico no local e depois foram levados para o hospital.
Um correspondente da Reuters viu ao menos um morto no chão, coberto por um lençol. Um correspondente da agência de notícias Interfax disse ter visto dois corpos.
Um homem de 52 anos que disse se chamar Igor disse que um trem chegava à estação quando ocorreu a explosão na plataforma.
"As portas (do trem) abriram e então houve uma explosão," afirmou ele. "Vi pessoas caídas no chão sem se mexer. Havia muito sangue."
Outras testemunhas entrevistadas pelos meios de comunicação mencionaram a ocorrência de um clarão, um estrondo e fragmentos caindo do teto da estação de metrô.
A tensão política tem se mantido alta em Bielo-Rússia desde a eleição de 19 de dezembro, que garantiu a Lukashenko um quarto mandato, para a insatisfação da oposição e do Ocidente, que denunciaram a eleição como fraudulenta.
A repressão policial de um comício da oposição contra a eleição de dezembro provocou a imposição de sanções pelo Ocidente, incluindo uma proibição de viagem a Lukashenko e a seus assessores mais próximos.
Deixe sua opinião