Três pessoas morreram e 58 ficaram feridas em uma forte explosão em uma unidade petroquímica do estado mexicano de Veracruz , que continua soltando uma grande coluna de fumaça cinza, informaram nesta quarta-feira autoridades do país.
O governador do estado, Javier Duarte, disse à rede de televisão Milenio que três trabalhadores da unidade - localizada na cidade de Coatzacoalcos, no Golfo do México - perderam a vida no acidente.
A estatal Petróleos Mexicanos (Pemex), que não pôde confirmar as três mortes, revisou o número de feridos de 30 para 58.
“Até o momento confirmamos 58 trabalhadores feridos no acidente”, que estão hospitalizados, informou a Pemex no Twitter.
A explosão ocorreu por volta das 15h15 (17h15 no horário de Brasília) na unidade Clorados 3 da empresa Petroquímica Mexicana de Vinilo (PMV), copropriedade da Pemex e operada pela empresa Mexichem.
O governador Duarte, que viajou ao local do acidente, explicou que houve “uma explosão muito forte” que foi sentida a até 10km de distância e que afetou alguns prédios de Coatzacoalcos, cidade de 305.000 habitantes, provocando a retirada de alguns cidadãos.
Pemex informou que as suas unidades contra incêndios estão trabalhando em coordenação com agentes da Defesa Civil e autoridades de Veracruz no local, onde ainda se vê uma enorme e espessa coluna de fumaça cinza.
Com o incêndio “totalmente controlado”, a “nuvem química que se elevou” já está se dissipando, mas as autoridades recomendam aos cidadãos que não saiam de casa por precaução, disse Duarte, que anunciou a suspensão de aulas em Coatzacoalcos e outros cinco municípios vizinhos.
O diretor-geral de Pemex, José Antonio González, e o titular da Defesa Civil estão viajando para o lugar do acidente para coordenar a atenção das equipes de emergência após instruções do presidente Enrique Peña Nieto.
“As diferentes dependências do @gobmx estarão apoiando os trabalhadores afetados e os vizinhos da região”, disse Peña Nieto em sua conta de Twitter.
Os incêndios em instalações da Pemex se repetem periodicamente, algumas vezes devido a conexões clandestinas em ductos da empresa.
Em fevereiro, duas pessoas morreram e pelo menos sete ficaram feridas em um incêndio em uma plataforma da empresa diante da costa de Campeche (sudeste). No ano passado, nessa mesma região, outro incêndio em instalações da Pemex deixou quatro mortos.
A Pemex, vital para as finanças públicas mexicanas, enfrenta a queda dos preços internacionais do petróleo, o roubo de combustível por parte do crime organizado, e uma drástica redução da sua produção, de 3,4 milhões de barris diários em 2004 para 2,2 milhões em 2015.
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