Rabat - Uma explosão ontem em um popular café de Marrakesh matou 14 pessoas e deixou outras 23 feridas, de acordo com informações do Ministério do Interior marroquino. Para o governo do Marrocos, a explosão foi um atentado terrorista.
O ataque ocorreu no Café Argana, na praça turística de Djemma el-Fna e foi o mais violento no país magrebino em oito anos. Onze dos mortos eram estrangeiros e três, marroquinos.
O porta-voz do governo, Khalid Naciri, confirmou que as 14 pessoas mortas eram de várias nacionalidades, mas não disse quais. "Nós trabalhamos uma hora, talvez mais, com a hipótese dessa explosão ter sido acidental. Mas os resultados iniciais da investigação confirmam que nós fomos confrontados com um verdadeiro ato criminoso", disse Naciri à televisão 24, da França. Ele disse que os métodos do atentado a bomba serão conhecidos em algumas horas. Naciri afirmou que é "muito cedo" para atribuir a autoria do atentado a qualquer grupo.
Entre os feridos estão pelo menos 8 franceses, 3 marroquinos, um canadense e um britânico, que foram internados no Hospital Tofail de Marrakesh. Os outros feridos foram levados a um hospital militar da cidade.
O local da praça onde fica o café e restaurante Argana, uma casa de dois pisos em terracota, foi isolado pela polícia. A fachada do café foi bastante danificada e o segundo andar do prédio mostrava sinais da forte explosão.
O rei do Marrocos, Mohammed IV, ofereceu os pêsames às vítimas e ordenou aos ministérios do Interior e da Justiça que conduzam uma investigação "para determinar as causas, a razão e os objetivos dessa explosão criminosa".
Suspeita-se que o Grupo Combatente Islâmico do Marrocos pode ter ligações com o ataque. O grupo extremista foi vinculado aos atentados a bomba em Madri em 2004.
A Al-Qaeda também possui uma sucursal extremista no Norte da África que tem conduzido não apenas atentados, como sequestros e outras atividades criminosas no Magreb.