Histórico
Marrocos é marcado por série de atentados
16.mai.2003 Homens-bombas detonam explosivos em série em Casablanca, matando 45 pessoas e ferindo outras 60.
11.mar.2007 Um marroquino se explode numa lan house em Casablanca, ferindo quatro pessoas.
10.abr.2007 Três suicidas se explodem, matando um policial e ferindo outras 20 pessoas, também em Casablanca.
14.abr.2007 Dois homens-bombas se explodem, sem deixar vítimas, em representação dos EUA, de novo em Casablanca.
Ontem Ao menos 14 pessoas são mortas em explosão num café localizado na praça Djemma el Fna, em Marrakesh.
Fontes: Folhapress
Rabat - Uma explosão ontem em um popular café de Marrakesh matou 14 pessoas e deixou outras 23 feridas, de acordo com informações do Ministério do Interior marroquino. Para o governo do Marrocos, a explosão foi um atentado terrorista.
O ataque ocorreu no Café Argana, na praça turística de Djemma el-Fna e foi o mais violento no país magrebino em oito anos. Onze dos mortos eram estrangeiros e três, marroquinos.
O porta-voz do governo, Khalid Naciri, confirmou que as 14 pessoas mortas eram de várias nacionalidades, mas não disse quais. "Nós trabalhamos uma hora, talvez mais, com a hipótese dessa explosão ter sido acidental. Mas os resultados iniciais da investigação confirmam que nós fomos confrontados com um verdadeiro ato criminoso", disse Naciri à televisão 24, da França. Ele disse que os métodos do atentado a bomba serão conhecidos em algumas horas. Naciri afirmou que é "muito cedo" para atribuir a autoria do atentado a qualquer grupo.
Entre os feridos estão pelo menos 8 franceses, 3 marroquinos, um canadense e um britânico, que foram internados no Hospital Tofail de Marrakesh. Os outros feridos foram levados a um hospital militar da cidade.
O local da praça onde fica o café e restaurante Argana, uma casa de dois pisos em terracota, foi isolado pela polícia. A fachada do café foi bastante danificada e o segundo andar do prédio mostrava sinais da forte explosão.
O rei do Marrocos, Mohammed IV, ofereceu os pêsames às vítimas e ordenou aos ministérios do Interior e da Justiça que conduzam uma investigação "para determinar as causas, a razão e os objetivos dessa explosão criminosa".
Suspeita-se que o Grupo Combatente Islâmico do Marrocos pode ter ligações com o ataque. O grupo extremista foi vinculado aos atentados a bomba em Madri em 2004.
A Al-Qaeda também possui uma sucursal extremista no Norte da África que tem conduzido não apenas atentados, como sequestros e outras atividades criminosas no Magreb.