Uma mulher-bomba detonou ontem explosivos na área de entrada de uma estação de trem em Volgogrado, na Rússia (que até 1961 se chamava Stalingrado), matando pelo menos 15 pessoas e ferindo cerca de 50.
O atentado ocorreu a pouco mais de um mês do início dos Jogos Olímpicos de Inverno na cidade russa de Sochi.
A explosão foi em frente a um detector de metais logo na entrada principal da estação de Volgogrado. Cenas exibidas na televisão russa mostraram uma enorme bola de fogo laranja enchendo a sala com colunas imponentes e muita fumaça saindo pelas janelas quebradas.
Um porta-voz dos investigadores russos disse que pelo menos 14 pessoas foram mortas. O governador regional fala em 15.
O presidente Vladimir Putin ordenou que as agências de aplicação da lei tomem todas as precauções necessárias para garantir a segurança no país, informou um porta-voz do governo.
A polícia federal disse que medidas seriam reforçadas em aeroportos e estações, com mais policiais em serviço e verificações de segurança mais rigorosas.
Dois
A ataque de ontem ocorreu dois meses depois de outra mulher-bomba, também em Volgogrado, matar seis pessoas em um ônibus. As ocorrências levantam questões sobre a eficácia das medidas de segurança adotadas pelo Kremlin.Não houve reivindicação imediata de responsabilidade pelo ataque. Mulheres-bomba conhecidas como "viúvas-negras" porque foram casadas com insurgentes mortos levaram a cabo vários ataques reivindicados por militantes islâmicos.
Daguestão
O Comitê Federal de Investigação e outros funcionários do governo disseram que quem fez o ataque era uma mulher que acionou os explosivos depois que um policial começou a se aproximar dela, perto do detector de metais.
Citando fontes das agências de segurança russas, o site Vida News publicou uma foto do que afirma ser a cabeça da suspeita e disse que autoridades identificaram a terrorista como residente do Daguestão, perto da Chechênia parte da Federação Russa e que está agora no centro de uma insurgência islâmica de longa duração.