Principais atentados
Desde a invasão da Mesquita Vermelha de Islamabad, cerca de 200 pessoas morreram em ataques terroristas. A maioria era militar.
14 de julho 30 militares mortos e 15 feridos em ataque suicida contra uma patrulha do exército em Miran Shah, no Waziristão do Norte.
15 de julho 20 mortos e 50 feridos em atentado suicida na cidade de Dera Ismail Khan.
15 de julho 12 agentes de segurança e cinco civis mortos em atentado contra uma patrulha militar no vale de Sawat, parte do cinturão tribal paquistanês.
17 de julho Pelo menos 18 mortos em ataque suicida na capital, Islamabad.
18 de julho 16 militares mortos e 14 feridos em ataque contra comboio militar em Madakhel.
19 de julho 32 mortos e 30 feridos na explosão de um carro-bomba em Hub, no Baluchistão.
19 de julho 15 militares e três civis mortos em ataque suicida a uma mesquita em Kohat. Ao menos nove mortos e 28 feridos em Hangu, no Waziristão do Norte.
20 de julho Cinco mortos no terceiro atentado da semana em Miran Shah.
24 de julho Dez civis mortos e pelo menos 40 feridos em ataque com explosivos na cidade de Bannu, no Waziristão do Norte.
27 de julho 13 mortos e 71 feridos em explosão em hotel próximo à Mesquita Vermelha de Islamabad, após conflito entre policiais e estudantes islâmicos.
Fonte: Folhapress e Divisão de Estatísticas do Paquistão
Islamabad Um ataque suicida matou na tarde de ontem ao menos 13 pessoas e deixou mais de 70 feridos em um restaurante perto da Mesquita Vermelha, em Islamabad, no Paquistão.
O atentado ocorreu em meio a uma onda de violência que atingiu o país após o ataque do governo à mesquita, que havia sido tomada por islâmicos radicais, há duas semanas. Os amotinados queriam instalar no Paquistão um governo parecido ao do Taleban no Afeganistão.
Ao menos 102 pessoas foram mortas na ação e, desde então, cerca de 200 outras morreram em atentados (veja quadro ao lado).
Autoridades acreditam que o alvo do atentado de ontem fossem policiais que faziam a segurança da região. Dos 13 mortos de ontem, 7 eram da polícia.
A situação já havia se deteriorado na manhã de ontem, quando a nomeação de um novo imã para a Mesquita Vermelha havia interrompido as rezas de sexta-feira. Era a primeira vez que o templo havia sido reaberto desde o massacre.
O novo imã, que já havia sido alvo de protestos, teve que deixar a mesquita sob proteção policial. Em seguida, estudantes islâmicos ocuparam novamente o complexo, pedindo que o ex-líder da mesquita, o clérigo Abdul Aziz, que está preso, pudesse conduzir as orações.
Rapidamente, os amotinados anunciaram pelo alto-falante localizado no teto da mesquita que eles iriam "vingar o sangue dos mártires'', em referência especialmente a Rashid Ghazi, irmão de Abdul Aziz, que foi morto no ataque final das forças do governo à mesquita.
Em sinal de protesto, a multidão pintou o edifício de vermelho e levantou uma bandeira preta com duas espadas estampadas nela simbolizando a "jihad'', ou guerra santa.
Os protestos chegaram às ruas próximas ao local, onde manifestantes atiravam pedras, enfurecidos contra o presidente do Paquistão, Pervez Musharraf. "Musharraf é um cachorro! Ele é pior do que um cachorro! Ele deveria renunciar!'', gritavam os manifestantes.
Policias usaram gás lacrimogêneo para tentar dispersar a população. Pouco tempo depois ocorreu a explosão que matou as 13 pessoas. Depois da explosão, a polícia retomou o controle da mesquita e deteve 50 pessoas.
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