Três atentados suicidas, cometidos quase simultaneamente, sacudiram nesta quarta-feira três hotéis de cadeias americanas em Amã, capital da Jordânia, matando ao menos 67 pessoas e deixando outras 150 feridas. Até o momento não há informações sobre a nacionalidade das vítimas.
Em declarações transmitidas pela televisão estatal jordaniana, o vice-primeiro-ministro da Jordânia, Maruan Muasher, disse que dois homens-bomba detonaram quase ao mesmo tempo explosivos que levavam atados ao corpo nos hotéis Radisson SAS e Grand Hyatt Amã. Já o atentando contra o hotel Days Inn foi realizado com um carro-bomba. Os hotéis são muito procurados por ocidentais e turistas israelenses.
O vice-premier destacou ainda que o maior número de vítimas foi registrado no Radisson, onde o homem-bomba detonou os explosivos em um dos salões do hotel, onde centenas de pessoas participavam de uma festa de casamento.
Até o momento, nenhum grupo assumiu a autoria dos atentados, mas especialistas jordanianos não descartam que eles tenham sido obra do grupo terrorista do jordaniano Abu Musab al-Zarqawi, líder do braço da Al-Qaeda no Iraque. A Jordânia é um importante aliado dos EUA na guerra contra o terrorismo.
As autoridades jordanianas, encabeçadas pelo rei Abdullah II, classificaram os ataques como "atos criminosos" e afirmaram que Amã não vai abandonar a luta contra o terrorismo.
Policiais e soldados jordanianos isolaram os locais dos atentados, os primeiros deste tipo em Amã, enquanto ambulâncias transportavam as vítimas para vários hospitais da capital.
O ministro do Interior jordaniano, Awni Yarfas, que estava no hotel Radisson, disse aos jornalistas: "Houve explosões no Hyatt e no Radisson... sim, foram bombas".
Testemunhas disseram que a estrutura do hotel Radisson estava intacta, mas houve danos pesados no telhado.
A explosão aconteceu em um salão de festas, onde cerca de 250 pessoas participavam de uma festa de casamento. Segundo testemunhas, o salão foi destruído e parecia que a bomba explodiu perto de uma parede que separava o salão do área do bar. Fontes de segurança especulam que o alvo da explosão era o bar, e não a festa de casamento.
No atentado no hotel Radisson, pelo menos cinco pessoas morreram e mais de 12 ficaram feridas.
A explosão no hotel Hyatt, de nove andares, aconteceu por volta das 21h (horário local), aparentemente no lobby.
- Houve uma explosão na área do bar do hotel logo após às 21h. Há muitas vítimas, mas não temos números - disse o gerente do Hyatt Otto Steenbeek a jornalistas.
O correspondente da agência Reuters Luke Baker, estava no Hyatt hotel, disse que ao menos 40 pessoas ficaram feridas ali, algumas com gravidade.
O serviço de resgate de Israel Magen David Adom disse que ofereceu enviar ajuda médica à Jordânia, incluindo transporte para quem quiser receber tratamento em Israel.
A Jordânia tem sido poupada dos maiores ataques contra estrangeiros apesar de sua proximidade com o Iraque, mas as autoridades há muito esperavam por problemas. Pelo menos dez supostas células com ligação com essa organização terrorista foram desmanteladas nos últimos anos por forças de segurança jordanianas.
Governadores e oposição articulam derrubada do decreto de Lula sobre uso da força policial
Tensão aumenta com pressão da esquerda, mas Exército diz que não vai acabar com kids pretos
O começo da luta contra a resolução do Conanda
Governo não vai recorrer contra decisão de Dino que barrou R$ 4,2 bilhões em emendas