Dois carros-bombas explodiram em Homs, numa região alauita, ramificação do islamismo de que faz parte Bashar al-Assad| Foto: Sana/Reuters

150 mil pessoas já morreram na guerra civil da Síria, de acordo com números da Organização das Nações Unidas. O conflito começou em 15 de março de 2011, na época das revoltas da Primavera Árabe, e continua fazendo vítimas.

CARREGANDO :)
Explosivos feriram mais de uma centena de pessoas
Agência estatal da Síria confirmou 21 mortes
CARREGANDO :)

Pelo menos 21 pessoas, incluindo mulheres e crianças, foram mortas ontem em atentados com dois carros-bombas na cidade síria de Homs, região central do país.

Algumas informações apontaram a morte de 25 pessoas, número foi apresentado pela mídia estatal síria.

Publicidade

As explosões ocorreram na área de Karam al-L­oz, em Homs, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos, e o número de vítimas pode subir. Até o fechamento desta edição, foram reportadadas 107 pessoas feridas, algumas gravemente.

A agência estatal de notícias Sana, ao dar a notícia dos atentados, afirmou que um de seus fotógrafos também foi ferido.

De acordo com a agência síria, as explosões "causaram danos sérios a propriedades, casas, lojas e carros" na região dos ataques.

Contra

O Observatório Sírio dos Direitos Humanos, um grupo contrário ao governo de Bashar al-Assad, com sede na Grã-Bretanha, que monitora a violência em ambos os lados por meio de uma rede de fontes na Síria, informou que a região atacada é habitada principalmente por alauitas, uma ramificação do islamismo xiita, da qual faz parte Assad. Segundo o grupo, 21 pessoas morreram.

Publicidade

Os rebeldes que lutam para derrubar Assad são predominantemente sunitas. O conflito na Síria já matou mais de 150 mil pessoas e obrigou milhões a fugir de suas casas.

Papa Francisco fala em "dor profunda" pela morte de padre jesuíta

O papa Francisco falou ontem do profundo pesar que sente pelo assassinato de um padre holandês na Síria e pediu mais uma vez o fim da violência no país árabe. Frans van der Lugt, jesuíta como o pontífice, vivia na Síria desde a década de 1970 e se tornou muito conhecido por se recusar a abandonar os cristãos que permaneciam na cidade de Homs, que está controlada por rebeldes e sob bloqueio das forças governamentais. Ele foi surrado e alvejado por homens não identificados na última segunda-feira, no monastério em que vivia.

"Sua morte brutal me encheu com profunda dor e me fez pensar novamente nas muitas pessoas que sofrem e morrem naquele país torturado, minha amada Síria, que já está há muito tempo enredada num conflito sangrento, que continua a acarretar morte e destruição", disse o papa, na audiência semanal.

Os cristãos compunham cerca de 10% da população síria até 2011, ano em que teve início uma guerra civil que já matou mais de 150 mil pessoas e fez um terço dos sírios fugirem. A minoria cristã tradicionalmente apoia o presidente Bashar al-Assad e por isso tem sofrido ataques de rebeldes.

Publicidade