Criança é confortada por adulto depois das explosões em Boston. Duas bombas foram detonadas com cerca de 12 segundos de diferença, distantes 170 metros uma da outra| Foto: Jessica Rinaldi/Reuters
Homem ferido nas explosões da Maratona de Boston
Vários feridos receberam atendimento e foram levados a hospitais da cidade
Testemunhas falaram em dezenas de pessoas amputadas no local das explosões
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Duas explosões ocorridas a 170 metros uma da outra, numa mesma rua de Bos­ton, num intervalo de 12 segundos, fizeram os Estados Unidos reviverem ontem o pesadelo de ataques terroristas.

Pelo menos três pessoas morreram e 141 ficaram feridas com as duas bombas detonadas durante a tradicional Maratona de Boston. As informações foram dadas pela polícia de Boston, durante entrevista coletiva ontem às 22 horas (de Brasília).

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As imagens transmitidas pelas emissoras mostraram os serviços de emergência trabalhando no local, vários destroços na Rua Boylston, grades caídas e muito sangue nas calçadas.

Outras testemunhas viram vários mutilados e ensanguentados. O Hospital Geral de Massachusetts está tratando dos feridos. Segundo o chefe do serviço de emergência do hospital, algumas pessoas tiveram membros amputados no momento da explosão. Outras vítimas foram levadas para o Centro Médico Tufts.

As autoridades investigam a origem das duas explosões – chegaram a deter um suspeito, submetido a interrogatório, mas não ofereceram detalhes. As bombas foram detonadas por volta das 15h locais (16h de Brasília), com pouco mais de 4 horas de prova, quando muitos corredores ainda não haviam cruzado a linha de chegada e onde havia dezenas de espectadores.

As explosões ocorreram pouco antes da linha de chegada, ao lado do Hotel Fairmont Copley Plaza, que foi fechado. Outro hotel próximo, o Lenox, também foi evacuado.

Uma segunda explosão ocorreu a 170 metros da primeira, na mesma rua, 12 segundos depois.

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Mais bombas

Notícias desencontradas falavam de uma terceira explosão sem feridos, ocorrida na Biblioteca John F. Kennedy, a 9 km do local onde as duas primeiras foram detonadas, mas não está claro se elas estão interligadas.

A polícia pediu para que as pessoas evitassem aglomerações, que os moradores ficassem em casa e que os turistas voltassem para os seus quartos de hotel. De acordo com as autoridades, os ataques estariam "em andamento" e outras explosões poderiam acontecer.

Um quarto artefato teria sido encontrado nas proximidades e detonado, de forma controlada, pelos integrantes do esquadrão antibombas. Não há, porém, confirmação de sua possível relação com as outras bombas.

Celulares

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O serviço de celulares em Boston foi derrubado intencionalmente, para evitar potenciais detonações remotas de explosivos. Diversos pontos da cidade foram fechados ontem à tarde, logo após as explosões. O hotel que serve como base para a organização da maratona, foi interditado.

Espaço aéreo

Mesmo antes de qualquer confirmação sobre a origem das explosões, a agência americana de aviação, a FAA, mandou fechar o espaço aéreo na praça atingida. O aeroporto da cidade também estava fechado para pousos e decolagens.

Por meio do Twitter, a Casa Branca informou que o presidente Barack Obama orientou o governo a oferecer qualquer ajuda necessária para investigação e resposta à ocorrência.

A corrida em Boston é a maratona anual mais antiga do mundo, tendo sido realizada pela primeira vez em 1897, e se encontra em sua 117.ª edição. Ela acontece toda terceira segunda-feira do mês de abril, no Patriot’s Day, um feriado estadual em Massachusetts.

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