Três suicidas detonaram carros-bomba perto de missões estrangeiras no centro de Bagdá neste domingo (4), matando pelo menos 35 pessoas e ferindo outras 168.
As explosões próximas das embaixadas do Irã, do Egito e da Alemanha se seguiram a ataques com morteiros à Zona Verde da capital iraquiana, sede de prédios do governo, residências oficiais e embaixadas estrangeiras. Os atentados aconteceram dois dias depois que atiradores assassinaram 24 pessoas em um vilarejo sunita no sul de Bagdá.
As autoridades iraquianas alertaram sobre um possível aumento na violência por conta da crescente tensão após as eleições parlamentares do dia 7 de março, que não mostrou um vencedor claro.
"Os terroristas aproveitaram o momento entre o final das eleições e a formação do governo para mirar o processo político," disse Abdul-Rasoul al-Zaidi, um funcionário da defesa civil.
Os suicidas parecem ter almejado as embaixadas no rico distrito de Mansour. Uma bomba explodiu diante do portão principal da embaixada iraniana, pouco afastada da Zona Verde, destruindo cerca de 30 carros e causando grandes danos a um banco próximo.
As explosões dos carros-bomba se seguiram a uma série de outros incidentes na capital iraquiana. Dois morteiros caíram da Zona Verde no início do domingo e quatro na noite de sábado.
A detonação de uma bomba na beira de uma estrada visando uma patrulha policial neste domingo feriu cinco oficiais e cinco civis em Bagdá. Uma bomba presa a um veículo particular no distrito de Saidiya, no sul da capital, matou duas pessoas no sábado.
A embaixada do Irã já havia sido atacada antes. Em dezembro de 2009, um carro-bomba explodiu em um estacionamento perto da missão, e sete meses antes atiradores dispararam contra um carro que transportava três funcionários iranianos da representação.
As forças de segurança haviam previsto um aumento na violência depois da apertada eleição, que expôs a profundidade da divisão sectária no Iraque.
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