Onze explosões num curto intervalo de tempo mataram pelo menos 68 pessoas e feriram 335, nesta quinta-feira (30), na maior cidade do Estado de Assam, no nordeste da Índia, e em três outras localidades, segundo a polícia.
Ninguém assumiu a responsabilidade pelas explosões. Assam há décadas tem um movimento separatista, mas também tem sofrido atentados atribuídos a militantes islâmicos do vizinho Bangladesh.
Um dos ataques na cidade de Guwahati teve como alvo uma zona de segurança, onde há um tribunal, escritórios e residências de policiais. Outras explosões ocorreram em mercados movimentados do Estado.
Muitas das explosões desta quinta-feira aconteceram em mercados lotados e muitas das bombas foram escondidas em motos ou scooters.
TVs mostraram pessoas caídas nas ruas, com as roupas ensanguentadas. Moradores e policiais colocavam feridos em ambulâncias, e bombeiros tentavam dominar o incêndio em carros e motos.
Trinta e seis pessoas foram mortas em quatro explosões em Guwahati, e outras trinta e duas morreram em outras três cidades do Estado, de acordo com um porta-voz do gabinete do ministro-chefe de Assam.
A Índia tem registrado inúmeros atentados a bomba nos últimos meses, com pelo menos 125 mortos. A polícia atribui a maioria dos ataques a militantes islâmicos, embora as suspeitas recaiam também sobre alguns grupos hindus.
"Essas explosões se parecem com as de grupos terroristas de Bangladesh, já que você precisa de grupos militantes sofisticados para fazer ataques coordenados assim", disse o general Ashok Mehta, analista de segurança, à Reuters, em Nova Délhi.
"É bem possível que grupos separatistas não estejam nem um pouco envolvidos com isso", acrescentou.
A União pela Libertação do Front de Asom, principal grupo separatista, comumente acusada de responsabilidade por ataques, negou envolvimento no caso.
No mês passado, Assam registrou também confrontos entre tribos nativas e colonos muçulmanos, com pelo menos 47 mortes.
O chefe de polícia G.P. Singh disse que duas das bombas em Guwahati estavam escondidas em motos.
O Paquistão, que costuma acusar a Índia de fomentar distúrbios, condenou o ataque e defendeu cooperação internacional contra os atentados.
"O primeiro-ministro Yousaf Raza Gilani condenou fortemente as explosões", disse uma nota oficial. "Ele deplorou a perda de vidas. O Paquistão condena o terrorismo em todas as suas formas."
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