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Patrimônio

Exposição em Nova York lembra 13 séculos de história de islamismo

Visitante na sessão das "Terras Árabes" do Museu Metropolitano de Nova York durante apresentação à imprensa. Exposição será aberta na próxima semana ao público | Emmanuel Dunand/AFP Photo
Visitante na sessão das "Terras Árabes" do Museu Metropolitano de Nova York durante apresentação à imprensa. Exposição será aberta na próxima semana ao público (Foto: Emmanuel Dunand/AFP Photo)

Mil e duzentos objetos de arte com 13 séculos de história estarão sendo exibidos em novas galerias dedicadas às "Terras Árabes" a partir da próxima semana, no Museu Metropolitano de Nova York.

Turquia, Irã, Ásia Central, norte da África, Espanha, o subcontinente asiático: 15 galerias divididas por zonas geográficas demonstram que "cada região e cultura expressam com força sua individualidade artística durante o período islâmico, apesar de estarem unidas por uma herança compartilhada".

Os objetos exibidos foram selecionados entre os 12 mil que fazem parte da coleção do museu e evocam a excelência da cultura islâmica em diferentes áreas: em ciência, por exemplo, através de um astrolábio do século XIII; em arquitetura, com delicadas janelas de madeira com pequenas perfurações simétricas da Índia; em escultura, com belas figuras de estuque de 1,5 metro de altura do século XI, procedentes do Irã.

Em literatura e religão, podem ser vistos antigos exemplares do Alcorão manuscritos, com belíssimas caligrafias e livros sufitas do século XV procedentes do Irã.

Também há espadas ceremoniais com punho de marfim e incrustações de ouro, rubis e prata, tapetes de até dez metros de comprimento, com desenhos geométricos como o célebre Simonetti tecido a mão no século XVI e um colar nupcial também de ouro, procedente da Índia. "Essas galerias ajudam numa compreensão melhor da complexidade e da interconexão entre as diferentes culturas com a arte islâmica", disse a curadora do Metropolitan Museum of Art, Mechthild Baumeister, presente na pré-abertura desta segunda-feira (24), para a imprensa.

Uma das joias das novas galerias - cuja renovação levou oito anos, com um custo de 50 milhões de dólares - é a sala de recepção de uma grande residência de Damasco do século XVIII, montada tal qual estava originalmente na capital síria.

A sala, de piso de mármore com figuras geométricas e tapetes vermelhos, tem as paredes e o teto revestidos de madeira com painéis contendo inscrições do Alcorão, arabescos e outras figuras.

Um pátio marroquino recriado no setor dedicado à "Espanha, ao Norte da África e ao Mediterrâneo Ocidental" é outra das maravilhas da exposição, com as pessoas tento a sensação de estarem no próprio Alhambra, o célebre palácio levantado pelos sultões em Granada.

Uma outra sala está dedicada a recordar os primeiros colecionadores americanos de arte islâmica que doaram obras ao museu, em particular na primeira metade do século XX; entre eles, a família Havemeyer, o maior fabricante de tapetes do mundo Alexander Smith Cochran e o célebre financista JP Morgan.

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