A presidência da Tunísia denunciou na noite deste domingo a extradição "ilegal" para a Líbia do ex-primeiro-ministro líbio Al Baghdadi Al Mahmudi, acusando o chefe do governo tunisiano, o islamita Hamadi Jebali, de ter atuado "fora de suas prerrogativas".

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"A Presidência da República expressa sua oposição à decisão do chefe de governo de extraditar o Sr. Mahmudi e considera que esta decisão é ilegal, sobretudo porque foi tomada de forma unilateral e sem consulta ao presidente da República", segundo declaração do porta-voz do presidente tunisiano, Moncef Marzuki.

O governo tunisiano extraditou na manhã deste domingo o ex-primeiro-ministro líbio, Al Baghdadi Al Mahmudi para a Líbia, onde foi imediatamente preso, sem a aprovação da presidência da República da Tunísia.

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O ex-primeiro-ministro líbio estava detido desde o dia 21 de setembro na Tunísia e era reivindicado por Trípoli.

"A decisão da extradição, assinada pelo chefe do governo tunisiano, constitui uma clara violação dos compromissos internacionais de nosso país e frente a ONU", destaca a presidência, lembrando que "o Alto Comissariado da ONU para os Refugiados tinha pedido à Tunísia para não extraditar o Sr. Mahmudi antes de sua decisão sobre o pedido de asilo político".

A extradição do ex-primeiro-ministro líbio "põe em perigo a imagem da Tunísia no mundo", acrescenta o texto.

"A presidência responsabiliza o chefe de governo por tudo o que possa ocorrer depois da extradição e dos eventuais danos à integridade moral e física do Sr. Mahmudi", destaca o comunicado.

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