Cécile Kyenge, a primeira negra a se tornar ministra na Itália, sofre com racismo desde que foi nomeada, em abril. De bananas lançadas em sua direção ao post de uma vereadora no Facebook pedindo que a ministra fosse estuprada. Nesta quarta-feira (4), o Forza Nouva, partido de extrema-direita, agiu novamente. O grupo colocou três manequins cobertos de sangue falso na frente de um prédio público em Roma. Junto aos bonecos foram colocados papéis com o símbolo do Forza Nuova e os dizeres: "A imigração é o genocídio do povo. Kyenge, renuncie." Esta foi pelo menos a segunda vez que manequins ensaguentados são usados como forma de protesto contra Cécile.
Kyenge nasceu na República Democrática do Congo e, atualmente, é ministra da Integração. O partido compartilhou, em seu perfil no Facebook, uma reportagem na qual um de seus porta-vozes diz que o objetivo do protesto era deter a campanha da ministra para facilitar a obtenção da cidadania italiana pelos imigrantes.
As leis atuais determinam que os estrangeiros só podem se tornar italianos depois de viver dez anos legalmente no país. O porta-voz afirmou que a atividade da ministra visaria à "destruição da identidade nacional". Membros do Partido Democrata condenaram a ação do Forza Nuova.
-
Escola Sem Partido: como Olavo de Carvalho, direita e STF influenciaram o fim do movimento
-
Igreja e direita francesa criticam cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos
-
“Quando Maduro fala é crítica, quando eu falo é crime?”, diz Bolsonaro após ditador questionar urnas
-
Dois cientistas católicos históricos que vale a pena conhecer
Deixe sua opinião