Um extremista islâmico deixou de fazer um atentado contra uma igreja em Paris no domingo (19) após atirar acidentalmente contra sua própria perna, informaram as autoridades francesas nesta quarta (22). Suspeita-se, ainda, que o homem seja responsável pela morte de uma professora de pilates.
Segundo o “Le Monde”, o suspeito seria um estudante de informática argelino de 24 anos que teria chegado à França em 2009. Ele já havia chamado a atenção da Inteligência francesa após manifestar o desejo de se unir a combatentes na Síria em 2014.
Atendimento médico
O caso foi desvendado após um pedido por uma ambulância feito na manhã de domingo. Os agentes de saúde encontraram o homem ferido em uma rua do 13º distrito de Paris e chamaram a polícia -- procedimento comum em casos de ferimento por armas de fogo.
Seguindo os traços de sangue, os policiais encontraram um carro estacionado não muito longe dali. No interior do veículo, havia uma metralhadora, um revólver, munições e um colete a prova de balas, além de anotações sobre possíveis alvos.
No apartamento do suspeito, foram encontrados armas, documentos e materiais extremistas. Não há evidência de ligações entre o suspeito, detido pela polícia, e grupos organizados. “Documentos foram encontrados e provam, sem espaço para ambiguidades, que o indivíduo estava preparando um ataque iminente contra uma ou duas igrejas”, disse o ministro do Interior, Bernard Cazeneuve.
O suspeito foi levado para o hospital para receber atendimento médico e está detido pela polícia.
Assassinato
As autoridades suspeitam que o homem teria acidentalmente atirado em sua perna após tentar roubar o carro de Aurelie Chateliain, 32, que estava em Paris a trabalho para uma aula de pilates. O corpo da mulher foi encontrado no domingo com três marcas de tiros no banco de passageiro de seu carro.
Estudos de balística encontraram vestígios de sangue e de DNA do suspeito no carro da mulher.
A França mantém-se alerta para possíveis atentados terroristas desde os ataques à redação do jornal satírico e a um supermercado kosher que deixaram 17 mortos no início de janeiro em Paris.
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