Extremistas do Boko Haram mataram cerca de 92 civis e deixaram 500 feridos num confronto que ainda estava acontecendo nesta quinta-feira (05/02), numa cidade de Camarões que faz fronteira com a Nigéria, informaram autoridades camaronesas.
Cerca de 800 extremistas islâmicos que atacaram a cidade de Fotokol "queimaram igrejas, mesquitas e vilas e assassinaram jovens que se recusaram a juntar-se a eles para lutar contra as forças camaronesas", disse o ministro da Informação Issa Tchiroma Bakari.
Os insurgentes nigerianos também saquearam comida e roubaram gado durante os confrontos que tiveram início na quarta-feira e continuavam hoje, informou Bakari à Associated Press.
O Boko Haram usa civis como escudos, o que torna difícil o confronto com seus combatentes, embora reforços tenham chegado a Fotokol, segundo o porta-voz militar, coronel Didier Badjeck.
Escolas também têm sido destruídas pelos insurgentes. Boko Haram significa "educação ocidental é proibida" na língua hausa.
Centenas de insurgentes foram mortos na quarta-feira. Nos combates, 13 soldados chadianos e seis camaroneses perderam suas vidas, informou o ministro da Defesa camaronês Edgard Alain Mebe Ngo. Pelo menos 91 civis foram mortos e a maioria dos 500 feridos não podia ser levada rapidamente para hospitais, disse ele. Não havia maneira de verificar de forma independente as afirmações.
Acredita-se que os combatentes entraram em Camarões por Gamborul, cidade nigeriana na fronteira que desde novembro é um reduto do grupo. Gamboru foi retomada no início desta semana e os combatentes expulsos por ataques aéreos do Chade e da Nigéria e por tropas chadianas em solo.
Autoridades da União Africana finalizam nesta quinta-feira um plano para a formação de uma força multinacional para combater as ações do Boko Haram, embora existam dúvidas sobre quem fornecerá recursos para que o projeto vá adiante. Nesta semana, a União Africana autorizou a formação de uma força de 7.500 soldados da Nigéria, Camarões, Chade, Níger e Benin.
Graduados funcionários do departamento de manutenção da paz da Organização das Nações Unidas (ONU) participam da reunião, que acontece em Yaoundé, capital de Camarões.
Os africanos querem a aprovação do Conselho de Segurança da ONU e recursos para a missão, disse na quarta-feira um funcionário da ONU, pedindo anonimato.
O presidente da França, François Hollande declarou nesta quinta-feira que seu país vai ajudar com o envio de armas, apoio logístico e operações para o esforço multinacional. Em coletiva de imprensa realizada em Paris, ele não chegou a dizer se a França vai se envolver nas ações militares. A França tem uma grande base aérea em N'Djamena, capital do Chade, país que vai liderar a força multinacional.
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