Duas adolescentes acusadas de espionagem por extremistas islâmicos na Somália foram fuziladas na quarta-feira (27), na cidade de Belet Weyne, no oeste do país, em meio a moradores aterrorizados que foram obrigados pelos militantes da organização Al-Shabab a assistir às execuções. Nesta quinta-feira (28), os pais das duas adolescentes, de 15 e 18 anos, disseram que elas não tinham instrução, não saiam de casa e jamais poderiam ter espionado para o governo.
"Todo mundo que assistiu à execução não podia conter a dolorosa experiência. Duas garotas jovens foram mortas a tiros e ninguém pôde ajudar e fazer nada", disse Dahir Casowe, um ancião de Belet Weyne. A rede extremista Al-Shabab é ligada à rede Al-Qaeda e tem conduzido execuções e amputações na Somália, forçando a introdução de uma visão extremista da Sharia, a lei islâmica, no país da África Oriental.
Esta foi a primeira execução de adolescentes em Belet Weyne, que a Al-Shabab tomou há apenas um ano. Apenas pouco antes da execução, o xeque Mohamed Ibrahim sentenciou as duas à morte por espionagem para soldados do governo que lutam contra a Al-Shabab. Moradores disseram que a Al-Shabab convocou a população com alto-falantes para assistir às execuções. Mais tarde, Ayan Mohammed Jama, de 18 anos, e Huriyo Ibrahim, de 15 anos, foram mostradas vestindo véus e com vendas nos olhos, antes de serem executadas. As informações são da Associated Press.
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