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Uma das vítimas do ataque no dia 31 foi enterrada no sábado (8). | Abed Omar Qusini/Reuters
Uma das vítimas do ataque no dia 31 foi enterrada no sábado (8).| Foto: Abed Omar Qusini/Reuters

Israel intensificou a repressão a judeus extremistas neste domingo (9), quando dois conhecidos israelenses ultranacionalistas tiveram decretada prisão por seis meses. Outros suspeitos foram presos na Cisjordânia, segundo autoridades de segurança.

As prisões ocorrem depois de um ataque a bomba no dia 31 de julho contra uma casa palestina na Cisjordânia. Um menino de 18 meses foi morto junto com seu pai; a mãe e um irmão ficaram severamente feridos.

As tensões aumentaram desde o ataque. Neste domingo, tropas israelenses atiraram e mataram um palestino que havia ferido levemente um israelense com uma faca.

Autoridades chamaram o ataque a bomba de “terrorismo judeu” e o Gabinete de Segurança de Israel aprovou o uso de medidas duras para combater a tendência, incluindo prisões administrativas. Esse tipo de prisão permite que suspeitos sejam detidos por um longo período de tempo sem acusação. A medida vem sendo usada sobretudo contra palestinos suspeitos de envolvimento em grupos militantes e raramente contra israelenses.

Meir Ettinger, neto do ultranacionalista nascido nos Estados Unidos Rabbi Meir Kahane, e Eviatar Slonim, outro extremista judeu, foram colocados em prisão administrativa por suposto envolvimento em uma organização extremista.

Os dois, que têm cerca de 20 anos, haviam sido capturados na semana passada. Outro extremista suspeito, Mordechai Meyer, foi colocado em prisão administrativa na semana passada.

Ativistas de direitos humanos israelenses, que advogam a favor dos palestinos, assim como advogados dos suspeitos, criticaram o uso da prisão administrativa. “É realizada sem qualquer indiciamento ou julgamento e o acusado não pode se defender porque as evidências são sigilosas”, disse o grupo de direitos humanos B’Tselem em nota.

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