Um grupo extremista do Sinai, o Ansar Bayt al-Maqdis (apoiadores de Jerusalém, em árabe), reivindicou nesta quarta-feira (25) a autoria do ataque a bomba realizado contra um prédio das forças de segurança ontem na cidade de Mansoura.
O ataque matou ao menos 14 pessoas e feriu outras cerca de 140.
Por meio de um comunicado publicado em um site islâmico, o grupo afirmou que combaterá o governo egípcio que, diz, luta contra a legitimidade islâmica e derrama o sangue de muçulmanos oprimidos. O texto descreve a instalação policial como um "ninho de tirania".
O Ansar Bayt al-Maqdis já havia assumido a responsabilidade por uma tentativa fracassada de assassinar o ministro do Interior, no Cairo, em setembro passado.
Na terça, poucas horas após o ataque, o governo egípcio disparou acusações contra a Irmandade Muçulmana. O premiê Hazem Beblaui disse à agência oficial de notícias Mena que, com a explosão, a Irmandade mostrara "a sua cara mais cruel para atemorizar Egito e verter seu sangue".
Beblaui também afirmou considerar a Irmandade um "grupo terrorista".
O primeiro presidente eleito do Egito em décadas, que foi deposto por um golpe em julho passado, Mohamed Mursi, era integrante da Irmandade Muçulmana.
O grupo reagiu, negando envolvimento com o episódio.