Quatro homens gritando frases religiosas tentaram explodir a embaixada americana em Damasco nesta terça-feira, mas foram impedidos pelos seguranças antes de conseguirem explodir seu carro-bomba.
Três dos extremistas foram mortos e nenhum diplomata americano ficou ferido no ataque, disse uma autoridade síria.
A agência de notícias estatal SANA disse que três dos agressores morreram e um quarto estava ferido. Anteriormente, uma autoridade síria havia dito que os quatro morreram.
Uma testemunha disse que pelo menos um segurança sírio foi assassinado pelos extremistas, que gritavam slogans islâmicos.
- Vi dois homens armados com granadas e armas automáticas - disse Ayman Abdel-Nour, analista político sírio que estava no local. - Eles correram para o complexo gritando slogans religiosos enquanto disparavam rifles automáticos.
A TV estatal disse que os agressores tentaram sem sucesso detonar um carro-bomba diante da embaixada.
Segundo o ministro do Interior, Bassam Abdel Majid, o incidente está sendo investigado.
Em Washington, o Departamento de Estado confirmou o atentado, atribuindo-o a "desconhecidos" e informando que o incidente já terminou.
A secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, disse que ainda é cedo para falar sobre quem poderia estar por trás do ataque suicida fracassado.
As forças sírias isolaram o bairro de Rawda depois do violento tiroteio. Ambulâncias e bombeiros correram ao local. O bairro também abriga instalações de segurança e as casas de importantes autoridades do governo.
Não há informações sobre a identidade dos agressores, mas as forças sírias entraram em confronto com militantes várias vezes nos últimos meses, muitas delas durante ações para detê-los.
Em junho, quatro homens armados e um guarda foram mortos durante uma operação que, segundo as autoridades, impediu um atentado perto das instalações da TV estatal em Damasco.
As relações entre EUA e Síria são muito tensas. Os EUA retiraram seu embaixador da Síria em fevereiro de 2005, dizendo-se "profundamente ultrajados" pelo assassinato do ex-premiê libanês Rafik al-Hariri, em Beirute. Washington culpou o governo sírio pelo crime. Damasco negou qualquer envolvimento.
Os EUA ampliaram suas críticas à Síria durante a recente guerra entre Israel e o Hezbollah no Líbano - a guerrilha é apoiada pelo regime sírio.
Já a Síria culpa o crescimento da militância na região às políticas dos EUA, como a guerra do Iraque e o apoio a Israel. No começo da década de 1980, a Síria esmagou uma revolta armada liderada pelo movimento Irmandade Islâmica.
O atentado de terça-feira ocorre um dia depois do quinto aniversário dos atentados de 11 de setembro de 2001 nos EUA, cometidos pela rede Al-Qaeda, de Osama bin Laden.
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