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Até o fim da tarde desta sexta-feira, deverão decolar de Vitória os dois primeiros aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) que levarão alimentos para as vítimas do terremoto de 8 graus que atingiu o Peru na última quarta-feira. A ajuda chegará apenas no sábado, já que as aeronaves vão pernoitar no Acre.
- Por problemas operacionais no Peru, o aeroporto que vai recepcionar isso, que é na cidade de Ica, está com condições apenas de receber vôos diurnos. Então, os aviões decolam de Vitória nesta sexta. Segundo informações da Aeronáutica, pernoitam no Acre e neste sábado, pela manhã, eles vão pousar na cidade mais atingida no Peru - afirmou o diretor de Reabilitação e Reconstrução da Secretaria Nacional de Defesa Civil, Carlos Barbosa, em entrevista.
Os primeiros aviões transportarão, ao todo, cerca de 30 toneladas de alimentos. Uma terceira aeronave da FAB deverá levar na próxima segunda-feira o restante da carga, totalizando as 46 toneladas de alimentos doados pelo governo brasileiro às vítimas. Serão doados arroz, feijão, açúcar, leite em pó, macarrão, óleo e farinha.
Vários países estão enviando recursos para as vítimas do piro terremoto da história recente do país, que deixou pelo menos 510 mortos e 1.500 feridos, além de dezenas de milhares de desabrigados. Vôos de resgate também foram enviados ao Peru por autoridades da Colômbia e do Panamá, mas não ficou claro quando eles chegarão às áreas destruídas. A União Européia anunciou que disponibilizará US$ 1,34 milhão (mais de R$ 2, 8 milhões) para a área afetada.
O governo dos Estados Unidos ofereceu ajuda de US$ 100 mil (mais de R$ 200 mil) ao Peru para os trabalhos de resgate e nas demais necessidades após o terremoto, informou a Casa Branca. Bush também colocou à disposição os 800 médicos lotados em uma base americana no Equador para se deslocarem ao Peru, caso seja necessário.
Segundo o porta-voz, os EUA têm equipes da Agência para o Desenvolvimento Internacional (USAID) em Lima que estão avaliando a situação e colaboram em conjunto com as autoridades peruanas. Além disso, as autoridades americanas contam com equipes de busca e socorro disponíveis no local, caso seja necessário, acrescentou.
Até o momento, as agências humanitárias colocaram à disposição do governo peruano cerca de US$ 1,45 milhão, distribuídos da seguinte maneira: US$ 100 mil da Ocha, US$ 500 mil do Programa Mundial de Alimentos (PMA), US$ 100 mil do Programa da ONU para o Desenvolvimento (Pnud) e US$ 250 mil da Federação Internacional da Cruz Vermelha (FICV).
Além disso, o Fundo da ONU para a Infância (Unicef) colocou à disposição US$ 500 mil, US$ 300 mil dos quais já foram atribuídos à primeira fase de reconstrução, mas por enquanto a ajuda deve se concentrar nos trabalhos de resgate.
Segundo as organizações humanitárias, esses recursos ajudarão a cobrir necessidades urgentes das famílias das zonas mais afetadas, e se concretizarão em alimentos, remédios, coberturas, utensílios para armazenar água e pastilhas para purificá-la.
Situação séria
- A situação é verdadeiramente séria, por exemplo, uma equipe da Cruz Vermelha levou mais de sete horas para se deslocar de Lima a Pisco, quando o tempo normal é de apenas duas horas, devido ao mau estado das estradas - disse Byrs.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que, por enquanto, é muito difícil fazer previsões sobre o surgimento de doenças, mas o escritório regional para as Américas já está coordenando com as autoridades peruanas as necessidades urgentes.
A Oxfam Internacional enviou suas primeiras equipes de voluntários a Pisco e Chincha, duas das áreas mais afetadas pelo terremoto, como parte de um adiantamento de pessoal que avaliará a ajuda mais urgente às povoações atingidas das zonas rurais.
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