Curitiba O Hamas anunciou esta semana que representantes do grupo pediriam ao presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, e a outros líderes sul-americanos apoio financeiro. O Itamaraty informou não ter recebido comunicado do Hamas ainda. Mas o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, disse que "o Brasil está disposto a cooperar com qualquer governo que trabalhe pela paz na região". O Brasil também impõe como condição o esforço pela formação de um Estado palestino independente, íntegro, coeso, economicamente viável "e que respeite a existência do Estado de Israel", destacou Amorim.
O Brasil pode oferecer mais apoio moral por suas limitações óbvias, diz Nizar Messari, professor de Relações Internacionais da PUC-RJ. "Não vejo a possibilidade de o Brasil abrir uma linha de crédito para o Hamas." O cientista político Tullo Vigevani acha natural o Hamas buscar a ajuda, mas acha que Lula terá cuidado ao firmar algum tipo de apoio por conta da repercussão internacional que isso traria. "É provável, porém, que haja colaboração humanitária."
Gilberto Sarfati, professor das Faculdades Integradas Rio Branco, espera, pessoalmente, que o Brasil não faça a contribuição esperada pelo Hamas. "A reação geral seria trágica." (KC)